ABSTRACT
Treze pacientes portadores de carcinoma expinocelular do esôfago torácico, em condiçöes gerais boas ou regulares, foram operados para alívio da obstruçäo, utilizando-se tubos gástricos isoperistálicos, em derivaçäo, sendo a neoplasia tratada, com tentativa curativa, por radioterapia pós-operatória. Näo decorreram óbitos decorrentes da operaçäo; o único óbito intra-hospitalar decorreu de erro na programaçäo radioterápica. Seis pacientes desenvolveram fístulas cervicais após o sétimo dia de pós-operatório que, com uma única exceçäo, fecharam apenas com cuidados locais no prazo máximo de 15 dias. Um paciente foi reoperado, refazendo-se anastomose. Destes pacientes, dois desenvolveram estenose a nível da anastomose. Em um terceiro, a estenose surgiu ao término da radioterapia. As estenoses foram corrigidas por dilataçöes devidas a progressäo da doença. A sobrevivência média ultrapassou nove meses, com extremos de cinco a 16 meses. Os pacientes mantiveram a possibilidade de deglutir até a ocasiäo de sua morte. Os autores admitem que os tubos gástricos isoperistálticos, usados em derivaçöes, sejam alternativa válida no tratamento do câncer esofágico, por permitir o restabelecimento da deglutiçäo previamente a terapêutica radioterápica exclusiva ou ao tratamento radioterápico e cirúrgico da neoplasia