ABSTRACT
Este trabalho tem por objetivo discutir o conceito de preocupação médica-primária (Agman et. al.) demonstrando sua função facilitadora das relações iniciais entre a mãe e o bebê internado. Parte do pressuposto de que este foco por parte da mãe sobre os parâmetros clínicos do recém-nascido é um rito de passagem que conduz à instalação da preocupação materna-primária (Winnicott). Para as autoras trata-se de um recurso estratégico que permite aos membros da díade mãe-bebê auxiliados por parceiros como o pai, os avós, o próprio bebê e a equipe de cuidados intensivos contornar as vicissitudes próprias a quem tem que se constituir como sujeito em meio a um ambiente potencialmente traumático como o de uma UTI neonatal.
This article discusses the concept of primary medical concern (Agman et. al), including its function in facilitating na initial relationship between the mother and her still hospitalized newborn infant. It is argued that the mothers focus on the babys clinical parameters operates as a rite of passage that leads to establishing primary maternal preocupation (Winniccot). The authors argue that this is a strategic resource that allows the mother-infant-dyad helped by partners such as the father, grandparents, the infant itself and the intensive care team to overcome tasks imposed on someone who has to establish his or her own self amidst the potentially traumatic environment of a neonatal ICU.