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Rev. bras. ter. intensiva ; 22(2): 112-117, abr.-jun. 2010. tab
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: lil-553448

ABSTRACT

OBJETIVOS: A falha de comunicação entre os profissionais de saúde em centros de tratamento intensivo pode estar relacionada ao aumento de mortalidade dos pacientes criticamente doentes. Este estudo teve como objetivo avaliar se falhas de comunicação entre os médicos assistentes e os médicos rotineiros do centro de tratamento intensivo teriam impacto na morbidade e mortalidade dos pacientes críticos. MÉTODOS: Estudo de coorte incluindo pacientes não consecutivos admitidos no centro de tratamento intensivo durante 18 meses. Os pacientes foram divididos em 3 grupos conforme o hábito de comunicação de seus médicos assistentes com os médicos rotineiros: CD - comunicação diária da conduta (>75 por cento dos dias); CE - comunicação eventual (25 a 75 por cento dos dias); RC - rara comunicação (<25 por cento dos dias). Foram coletados dados demográficos, escores de gravidade, motivo de internação no centro de tratamento intensivo, tempo de internação no centro de tratamento intensivo e intervenções realizadas nos pacientes. Foram analisadas as conseqüências da falha na comunicação entre os profissionais médicos (atraso na realização de procedimentos, na realização de exames diagnósticos, no início de antibioticoterapia, no desmame do suporte ventilatório e no uso de vasopressores) e inadequações de prescrição médica (ausência de cabeceira elevada, ausência de profilaxia medicamentosa para úlcera de estresse e para trombose venosa profunda) relacionando-as com o desfecho dos pacientes. RESULTADOS: Foram incluídos 792 pacientes no estudo, sendo agrupados da seguinte maneira: CD (n =529), CE (n =187) e RC (n =76). A mortalidade foi maior nos pacientes pertencentes ao grupo RC (26,3 por cento) comparada aos demais (CD =13,6 por cento e CE =17,1 por cento; p <0,05). A análise multivariada demonstrou que o atraso no início de antibióticos [RR 1,83 (IC95 por cento: 1,36 - 2,25)], o atraso no início do desmame ventilatório [RR 1,63 (IC95 por cento:...


OBJECTIVES: Communication issues between healthcare professionals in intensive care units may be related to critically ill patients’ increased mortality. This study aimed to evaluate if communication issues involving assistant physicians and routine intensive care unit physicians would impact critically ill patients’ morbidity and mortality. METHODS: This was a cohort study that included non-consecutive patients admitted to the intensive care unit for 18 months. The patients were categorized in 3 groups according to their assistant doctors’ versus routine doctors communication uses: DC - daily communication during the stay (>75 percent of the days); EC - eventual communication (25 to 75 percent of the days); RC - rare communication (< 25 percent of the days). Demographic data, severity scores, reason for admission to the intensive care unit and interventions were recorded. The consequences of the medical professionals communication failures (delayed procedures, diagnostic tests, antibiotics, ventilatory weaning, vasopressors) and medical prescriptions inadequacies (no bed head elevation, no stress ulceration and deep venous thrombosis drug prophylaxis), and their relationship with the patients outcomes were analyzed. RESULTS: 792 patients were included, and categorized as follows: DC (n=529); EC (n=187) and RC (n=76). The mortality was increased in the RC patients group (26.3 percent) versus the remainder groups (DC = 13.6 percent and EC = 17.1 percent; p<0.05). A multivariate analysis showed that delayed antibiotics [RR 1.83 (CI95 percent: 1.36 -2.25)], delayed ventilatory weaning [RR 1.63 (CI95 percent: 1.25-2.04)] and no deep venous thrombosis prophylaxis [RR 1.98 (CI95 percent: 1.43 - 3.12)] contributed independently for the increased mortality. CONCLUSION: The failure in the assistant and routine intensive care doctors communication may increase the patients’ mortality, particularly due to delayed antibiotics and ventilation weaning,...

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