ABSTRACT
Objetiva investigar qual a percepçäo que as detentas têm sobre a violência, detectando seus problemas e consequêntes riscos de infecçäo pelo HIV/Aids. Desenvolveu-se uma pesquisa-açäo, humanista e qualitativa, ientificando com as mulheres seus problemas relativos à violência, trabalhando com elas, posteriormente, a intervençäo, usando a metodologia participativa. Pesquisou-se todas etentas (11). Usou-se entrevista individual, nortedada por questöes abertas. A intervençäo através de oficinas pedagógicas. Frente à violência sexual, todas abominam-na revelando ter temor. Algumas revelaram já terem sido violentadas, resultando em traumas profundos. Quanto suas experiências como vítimas, quase todas foram espancadas e/ou estupradas Enquanto vítima de violência sexual, quase metade refere ter sido violentada pelo namorado ou tio. Muitas revelaram mágoa e grafilidade neste sentido, afirmando: "senti muito mal com isso a vida interia..., sinto mal até hoje só de pensar", "sou revoltada com isso", "ele fêz sexo...(anal) comigo, violentamente, me abalou demais", "fiquei traumatizada... mäos atadas..." Algumas descrevam que o motivo que as levaram ao cárcere, foi o envolvimento com homens que mexiam com drogas... Destacam ainda, o desrespeito que os soldados têm com elas, muitas vezes, sendo vítimas de espancamento e de violência sexual, representando verdadeira ameaça para a infecçäo das DST/Aids. Os relatos apresentados säo carregados de trauma, inconformismo, rancor e revolta. Atribuem ao desemprego e à pobreza, fatores indicativos de violência, revelando conflitos e desolaçöes ao mencionarem suas experiências de agressöes sexuais, expondo-as aos riscos de infecçäo das DST e HIV/Aids