ABSTRACT
O artigo visa debater a doação compulsória de órgãos de prisioneiros condenados à morte frente à demanda de órgãos e tecidos que ultrapassa em muito a oferta e leva à necessidade de encontrar medidas para aumentar o número de doações. Argumenta que a doação compulsória de órgãos de condenados à morte deve ser entendida como violação de direitos humanos e não como medida de justiça social. Discute a abrangência do princípio do respeito ao ser humano, abordando a autonomia do indivíduo e sua competência, bem como o sentimento de altruísmo à luz da legislação brasileira e em face da vulnerabilidade dos condenados diante da legislação internacional sobre o tema.
Este artículo pretende debatir la donación compulsoria de órganos de presos condenados a muerte en vista de la demanda de órganos y tejidos que ultrapasa mucho la oferta y genera la necesidad de encontrar medios para aumentar el número de donaciones. Defiende que la donación compulsoria de órganos de condenados a muerte debe ser entendida como una violación de derechos humanos y no como un medio de justicia social. Discute la amplitud del principio del respeto al ser humano, abordando la autonomía del individuo y su competencia, y el sentimiento de altruismo en vista de la legislación brasileña delante de la vulnerabilidad de los condenados delante de la legislación internacional sobre este tema.
This article aims at debating the compulsory donation of organs by death row inmates in view of the demand for organs and tissues for transplants that is far higher than their supply, which leads to necessity of finding ways to increase donations. This article advocates that compulsory donation of organs by death row inmates should be understood as human rights violation, instead of a measure to foster social justice. It discusses the scope of the principle of human respect, approaching individual self-determination and its competence, as well as the feeling of altruism in light of the Brazilian legislation and in view of death row inmates? vulnerability under the international legislation on such theme.