ABSTRACT
Objetivos: relatar um caso clínico e analisar a relação do fluxo salivar e da capacidade tampão da saliva na formação do cálculo supragengival em uma paciente com alto grau de formação, através da realização de testes salivares para quantificar essas variáveis. Métodos: foram realizadas três coletas salivares com intervalos de tempo mínimo de um mês entre elas. Para a mensuração do fluxo salivar, a salivação foi estimulada através da utilização de uma lâmina de parafina durante cinco minutos, e o volume obtido foi dividido por cinco, obtendo-se dessa forma a relação mL/min. Para a análise da capacidade tampão da saliva, foi realizada a leitura de pH após a adição de 1 ml da saliva coletada com 3 mL de ácido clorídrico a 0,005 N, seguido pela homogeneização e repouso da mistura por dez minutos. A leitura do valor do pH salivar final foi registrada através de um eletrodo de pH acoplado a um potenciômetro. Resultados: como médias dos valores do fluxo salivar e da capacidade tampão, obteve-se respectivamente 2,13 m L/min e pH 5,26. Conclusão: as variáveis "fluxo salivar e capacidade tampão" mostraram-se sem uma relação direta com a tendência de formação de cálculo dental da paciente. Como fator determinante para o quadro clinico apresentado, pôde-se constatar o baixo grau de instrução sobre higiene bucal, influenciado pelo fator socioeconômico.