ABSTRACT
ABSTRACT BACKGROUND: The laparoscopic approach considerably reduced the morbidity of colorectal surgery when compared to the open approach. Among its benefits, we can highlight less intraoperative bleeding, early oral intake, lower rates of surgical site infection, incisional hernia, and postoperative pain, and earlier hospital discharge. AIMS: To compare the perioperative morbidity of right versus left colectomy for cancer and the quality of laparoscopic oncologic resection. METHODS: Retrospective analysis of patients submitted to laparoscopic right and left colctomy between 2006 and 2016. Postoperative complications were classified using the Clavien-Dindo scale, 30 days after surgery. RESULTS: A total of 293 patients were analyzed, 97 right colectomies (33.1%) and 196 left colectomies (66.9%). The averageage was 62.8 years. The groups were comparable in terms of age, comorbidities, body mass index, and the American Society of Anesthesiology (ASA) classification. Preoperative transfusion was higher in the right colectomy group (5.1% versus 0.4%, p=0.004, p<0.05). Overall, 233 patients (79.5%) had no complications. Complications found were grade I and II in 62 patients (21.1%) and grade III to V in 37 (12.6%). Twenty-three patients (7.8%) underwent reoperation. The comparison between left and right colectomy was not statistically different for operative time, conversion, reoperation, severe postoperative complications, and length of stay. The anastomotic leak rate was comparable in both groups(5.6% versus 2.1%, p=0.232, p>0.05). The oncological results were similar in both surgeries. In multiple logistic regression, ASA statistically influenced the worst results (≥ III; p=0.029, p<0.05). CONCLUSIONS: The surgical and oncological results of laparoscopic right and left colectomies are similar, making this the preferred approach for both procedures.
RESUMO RACIONAL: A abordagem laparoscópica reduziu consideravelmente a morbidade da cirurgia colorretal quando comparada à abordagem aberta. Entre seus benefícios podemos destacar o menor sangramento intraoperatório, ingestão oral precoce, menor índice de infecção de incisão cirúrgica e hérnia incisional, menor índice de dor pós-operatória e alta hospitalar mais precoce. OBJETIVOS: Comparar a morbidade perioperatória da colectomia direita versus esquerda para câncer e a qualidade da ressecção oncológica laparoscópica. MÉTODOS: Análise retrospectiva de pacientes submetidos à olectomia laparoscópica direit e esquerda entre 2006 e 2016. As complicações pós-operatórias foram classificadas pela escala Clavien-Dindo, 30 dias após a cirurgia. RESULTADOS: Um total de 293 pacientes foram analisados, 97 casos de colectomia direita (33.1%) e 196 de esquerda (66.9%). A idade média foi de 62,8 anos. Os grupos foram comparáveis em termos de idade, comorbidades, índice de massa corporal e classificação da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA). A transfusão pré-operatória foi maior no grupo da colectomia direita (5,1% versus 0,4%, p=0,004, p<0,05). No geral, 233 pacientes (79.5%) não apresentaram complicações. As complicações encontradas foram graus I e II em 62 pacientes (21,1%), egraus III a V em 37 (12,6%). Vinte e três pacientes (7,8%) foram reoperados. A comparação entre a colectomia laparoscópica esquerda e direita não foi estatisticamente diferente para tempo operatório, conversão, reoperação, complicações pós-operatórias graves e tempo de internação. A taxa de fístula anastomótica foi comparável em ambos os grupos (5,6% versus 2,1%, p=0,232, p>0,05). Os resultados oncológicos foram semelhantes nas duas cirurgias. Na regressão logística múltipla, a ASA influenciou estatisticamente os piores resultados (≥ III; p=0,029, p<0,05). CONCLUSÕES: Os resultados cirúrgicos e oncológicos das colectomias laparoscópicas direita e esquerda são semelhantes, tornando esta a abordagem preferida para ambos os procedimentos.
ABSTRACT
ABSTRACT BACKGROUND: Despite major advances in the clinical treatment of inflammatory bowel disease, some patients still present with acute colitis and require emergency surgery. AIMS: To evaluate the risk factors for early postoperative complications in patients undergoing surgery for acute colitis in the era of biologic therapy. METHODS: Patients with inflammatory bowel disease admitted for acute colitis who underwent total colectomy at a single tertiary hospital from 2012 to 2022 were evaluated. Postoperative complications were graded according to Clavien-Dindo classification (CDC). Patients with more severe complications (CDC≥2) were compared with those with less severe complications (CDC<2). RESULTS: A total of 46 patients underwent surgery. The indications were: failure of clinical treatment (n=34), patients' or surgeon's preference (n=5), hemorrhage (n=3), toxic megacolon (n=2), and bowel perforation (n=2). There were eight reoperations, 60.9% of postoperative complications classified as CDC≥2, and three deaths. In univariate analyses, preoperative antibiotics use, ulcerative colitis diagnosis, lower albumin levels at admission, and preoperative hospital stay longer than seven days were associated with more severe postoperative complications. CONCLUSIONS: Emergency surgery for acute colitis was associated with a high incidence of postoperative complications. Preoperative use of antibiotics, ulcerative colitis, lower albumin levels at admission, and delaying surgery for more than seven days were associated with more severe early postoperative complications. The use of biologics was not associated with worse outcomes.
RESUMO RACIONAL: Apesar dos enormes avanços no tratamento das doenças inflamatórias intestinais (DII), alguns pacientes apresentam quadros de colite aguda refratária ao tratamento clínico, e necessitam de cirurgia de urgência. OBJETIVOS: Avaliar os fatores de risco associados com complicações pós-operatórias precoces nos pacientes com colite aguda submetidos a colectomia na era das terapias biológicas. MÉTODOS: Pacientes com DII admitidos com colite aguda grave submetidos a colectomia total em hospital terciário no período de 2012 a 2022 foram analisados. As complicações pós-operatórias foram graduadas de acordo com a classificação Clavien-Dindo (CCD). Pacientes com complicações mais graves (CCD≥2) foram comparados com os menos graves (CCD<2). RESULTADOS: Foram submetidos a cirurgia 46 pacientes. As indicações foram: falha do tratamento conservador (n=34), preferência do paciente ou do cirurgião (n=5), hemorragia (n=3), megacólon tóxico (n=2) e perfuração intestinal (n=2). Reoperação foi necessária em oito pacientes, 60,9% tiveram complicações classificadas como CCD≥2, e três pacientes foram a óbito. Análise univariada identificou que uso de antibióticos no pré-operatório, diagnóstico de colite ulcerativa, hipoalbuminemia na admissão e período de internação maior que sete dias foi associada à complicações pós-operatória mais graves. CONCLUSÕES: Pacientes com colite aguda submetidos a cirurgia de urgência apresentaram alta taxa de complicações pós-operatórias. Uso pré-operatório de antibióticos, diagnóstico de retocolite ulcerativa, hipoalbuminemia na admissão e retardo na operação por mais que sete dias, esteve associado a complicações pós-operatórias mais graves. Uso de biológicos não se associou a piores desfechos.