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1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(6): e00168116, 2018. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-952412

ABSTRACT

Abstract: Around 18 million unsafe abortions occur in low and middle-income countries and are associated with numerous adverse consequences to women's health. The time taken by women with complications to reach facilities where they can receive appropriate post-abortion care can influence the risk of death and the extent of further complications. All women aged 18+ admitted for abortion complications to public-sector hospitals in three capital cities in the Northeastern Brazil between August-December 2010 were interviewed; medical records were extracted (N = 2,804). Nearly all women (94%) went straight to a health facility, mainly to a hospital (76.6%); the rest had various care-seeking paths, with a quarter visiting 3+ hospitals. Women waited 10 hours on average before deciding to seek care. 29% reported difficulties in starting to seek care, including facing challenges in organizing childcare, a companion or transport (17%) and fear/stigma (11%); a few did not initially recognize they needed care (0.4%). The median time taken to arrive at the ultimate facility was 36 hours. Over a quarter of women reported experiencing difficulties being admitted to a hospital, including long waits (15%), only being attended after pregnant women (8.9%) and waiting for a bed (7.4%). Almost all women (90%) arrived in good condition, but those with longer delays were more likely to have (mild or severe) complications. In Brazil, where access to induced abortion is restricted, women face numerous difficulties receiving post-abortion care, which contribute to delay and influence the severity of post-abortion complications.


Resumo: Cerca de 18 milhões de abortos são realizados por ano em condições inseguras nos países de renda baixa e média, associados a numerosas consequências negativas para a saúde das mulheres. O tempo despendido pelas mulheres com complicações até chegar aos serviços onde possam receber os cuidados adequados no período pós-aborto podem influenciar o risco de morte e o grau das complicações posteriores. Foram entrevistadas todas as mulheres com 18 anos ou mais internadas devido a complicações do aborto em hospitais públicos em capitais estaduais do Nordeste brasileiro entre agosto e dezembro de 2010, e os prontuários foram analisados (N = 2.804). Quase todas as mulheres (94%) se dirigiram diretamente a um serviço de saúde, principalmente hospitais (76,6%), enquanto as outras seguiram diversos itinerários em busca de atendimento. Uma em cada quatro mulheres percorreu três ou mais hospitais. As mulheres esperavam uma média de dez horas antes de decidir buscar atendimento. 29% relatavam dificuldades no início da busca, inclusive desafios na organização dos cuidados dos filhos, com acompanhantes ou transporte (17%) e medo/estigma (11%). Uma pequena minoria (0,4%) não se deu conta inicialmente da necessidade de cuidados médicos. O tempo mediano para chegar até o serviço de saúde finalmente utilizado foi 36 horas. Mais de uma em cada quatro mulheres relatava dificuldades em conseguir internação hospitalar, inclusive tempo de espera prolongado (15%), atendimento apenas depois que todas as mulheres grávidas estivessem sido atendidas (8,9%) e espera por um leito (7,4%). Quase todas as mulheres (90%) chegavam em boas condições, mas aquelas sujeitas a esperas mais prolongadas mostraram maior probabilidade de complicações (tanto leves quanto graves). No Brasil, onde o acesso ao aborto induzido é restrito, as mulheres enfrentam muitas dificuldades para receber cuidados pós-aborto, o que contribui aos atrasos e impacta a gravidade das complicações pós-aborto.


Resumen: Cerca de 18 millones de abortos inseguros se producen en países de renta media o baja y están asociados con numerosas consecuencias adversas para la salud de la mujer. El tiempo que tardan las mujeres con complicaciones en llegar a los servicios médicos, donde puedan recibir cuidados apropiados tras un aborto, puede tener influencia en el riesgo de muerte y existencia de futuras complicaciones de salud. Todas las mujeres con 18+ años, admitidas por complicaciones durante un aborto en hospitales del sector público de tres capitales del Nordeste brasileño, entre agosto y diciembre de 2010, fueron entrevistadas; y sus historiales médicos resumidos (N = 2.804). Casi todas las mujeres (94%) fueron directamente a una institución sanitaria, en su mayoría un hospital (76,6%); el resto buscaron diferentes vías de cuidados, con una cuarta parte visitando 3+ hospitales. Las mujeres esperaron 10 horas de media antes de decidir buscar cuidados. Un 29% informó de dificultades al empezar a buscar cuidados, incluyendo el hacer frente a los desafíos para organizar el cuidado infantil, un acompañante o transporte (17%) y miedo/estigma (11%); otras en un principio no reconocieron la necesidad de cuidados (0,4%). La media de tiempo que les llevaba llegar al servicio de salud definitivo era 36 horas. Más de un cuarto de las mujeres informaron vivir dificultades estando admitidas en un hospital, incluyendo largas esperas (15%), sólo siendo atendidas tras las mujeres embarazadas (8,9%) y esperando una cama (7,4%). Casi todas las mujeres (90%) llegaron en buenas condiciones, pero aquellas con retrasos más largos eran las que estaban más expuestas a tener complicaciones (leves o graves). En Brasil, donde el acceso al aborto inducido está limitado, las mujeres se enfrentan a numerosas dificultades para recibir cuidado tras un aborto, lo que contribuye a retrasos e influye en la gravedad de las complicaciones post aborto.


Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Adult , Young Adult , Pregnancy Complications/therapy , Women's Health Services/statistics & numerical data , Women's Health/statistics & numerical data , Abortion, Induced/adverse effects , Health Services Accessibility/statistics & numerical data , Time Factors , Brazil , Cross-Sectional Studies , Risk Factors , Social Stigma , Hospitalization/statistics & numerical data
2.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 17(7): 1765-1776, jul. 2012. ilus, graf, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-645574

ABSTRACT

O aborto é grave problema de saúde no Brasil e suas complicações podem ser evitadas por atenção adequada e oportuna. O artigo avalia a qualidade da atenção às mulheres admitidas por aborto em hospitais do Sistema Único de Saúde, em Salvador, Recife e São Luís, tendo como referência as normas do Ministério da Saúde e o grau de satisfação das usuárias. Trata-se de inquérito com 2.804 usuárias, internadas por complicações do aborto em 19 hospitais, de agosto a dezembro de 2010. Considerou-se 4 dimensões - acolhimento e orientação, insumos/ambiente físico, qualidade técnica e continuidade do cuidado - desdobradas em critérios e indicadores. A adequação às normas foi maior quanto aos critérios de acolhimento e orientação. O apoio social e o direito à informação alcançaram valores baixos nas três cidades. A qualidade técnica do cuidado foi mal avaliada. Em insumos e ambiente físico, a limpeza foi o critério menos adequado. A situação é mais crítica na continuidade do cuidado nas 3 cidades, pela falta de consulta agendada de revisão, de informações sobre cuidados após alta hospitalar, risco de gravidez e planejamento familiar. A atenção ao aborto nessas cidades encontra-se distante do que propõem as normas brasileiras e os organismos internacionais.


Abortion is a serious health problem in Brazil and complications can be avoided by adequate and timely care. The article evaluates the quality of care given to women admitted for abortion in hospitals operated by the Unified Health System, in Salvador, Recife and São Luis, the benchmarks being Ministry of Health norms and user satisfaction. The article analyzes 2804 women admitted to hospital for abortion complications in 19 hospitals, between August and December 2010. Four dimensions were defined: reception and guidance; inputs and physical environment; technical quality and continuity of care. There was a closer fit to norms on reception and guidance. Social support and the right to information were not well rated in all three cities. The technical quality of care was rated poor. With respect to inputs and physical environment, cleanliness was the least adequate criterion. Continuity of care was the most critical situation in all three cities, due to the lack of scheduled follow-up appointments, information about care available after hospital discharge, the risk of further pregnancy and family planning. Abortion care falls short of that advocated under Brazilian norms and by international agencies.


Subject(s)
Adult , Female , Humans , Pregnancy , Abortion, Induced/standards , Patient Satisfaction , Quality of Health Care , Brazil , Cross-Sectional Studies , Surveys and Questionnaires
3.
Cad. saúde pública ; 27(6): 1088-1098, jun. 2011. graf, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-591263

ABSTRACT

Estudos populacionais sobre mortalidade neonatal de nascimentos de muito baixo peso ao nascer contribuem para identificar sua complexa rede de fatores de risco. Foi estudada uma coorte de 213 recém-nascidos com peso inferior a 1.500g (112 óbitos neonatais e 101 sobreviventes) na Região Sul do Município de São Paulo, Brasil, em 2000/2001. Foram realizadas entrevistas domiciliares e obtidos dados de prontuários hospitalares. Foi realizada análise de sobrevida e empregada regressão múltipla de Cox. A elevada mortalidade na sala de parto, no primeiro dia de vida e ausência de sobreviventes < 700g dos nascimentos < 1.000g e com menos de 28 semanas sugere que condutas mais ativas destinam-se a nascituros de maior viabilidade. Mães residentes em favela, com história anterior de cesárea e aborto provocado, adolescentes, com sangramento vaginal e ausência de pré-natal aumentaram o risco de óbito neonatal. Partos cesarianos e internação em berçários mostraram efeito protetor. O peso ao nascer abaixo de 1.000g e Apgar menor que 7 foram risco. A elevada mortalidade está associada às condições de vida, características maternas e dos nascimentos e condições assistenciais. A melhoria da atenção pré-natal e ao recém-nascido pode atuar na redução da mortalidade.


Population studies can help identify the complex set of risk factors for neonatal mortality among very low birth weight infants. A cohort (2000-2001) of 213 live newborns with birth weight < 1,500g in the southern region of São Paulo city, Brazil, was studied (112 neonatal deaths and 101 survivors). Data were obtained from home interviews and hospital records. Survival analysis and multiple Cox regression were performed. The high mortality in the delivery room and in the first day of life among neonates < 1,000g and < 28 weeks gestational age and the absence of survival in neonates < 700g suggest that care was actively oriented towards newborns with better prognosis. Increased risk of neonatal mortality was associated with maternal residence in slum areas, history of previous cesarean(s), history of induced abortion(s), adolescent motherhood, vaginal bleeding, and lack of prenatal care. Cesarean section and referral of the newborn to the hospital nursery showed protective effects. Birth weight less than 1,000g and Apgar index < 7 were associated with increased risk. The high mortality was due to poor living conditions and to maternal and neonatal characteristics. Improvement in prenatal and neonatal care could reduce neonatal mortality in these infants.


Subject(s)
Female , Humans , Infant, Newborn , Pregnancy , Infant Mortality , Infant, Very Low Birth Weight , Brazil , Cohort Studies , Pregnancy Complications , Prenatal Care , Risk Factors , Socioeconomic Factors , Survival Rate , Urban Population
4.
Rev. saúde pública ; 41(6): 1013-1022, dez. 2007. tab
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: lil-470535

ABSTRACT

OBJETIVO: Avaliar os fatores de risco da mortalidade neonatal precoce. MÉTODOS: Estudo caso-controle de base populacional com 146 óbitos neonatais precoces e amostra de 313 controles obtidos entre os sobreviventes ao período neonatal, na região sul do município de São Paulo, no período de 1/8/2000 a 31/1/2001. As informações foram obtidas por meio de entrevistas domiciliares e prontuários hospitalares. Foi realizada análise hierarquizada em cinco blocos com características: 1) socioeconômicas das famílias e das mães; 2) psicossociais maternas; 3) biológicas e da história reprodutiva materna; 4) do parto; 5) do recém-nascido. RESULTADOS: Os fatores de risco para a mortalidade neonatal precoce foram: Bloco 1: baixa escolaridade do chefe da família (OR=1,6; IC 95 por cento: 1,1;2,6); domicílio em favela (OR=2,0; IC 95 por cento: 1,2;3,5), com até um cômodo (OR=2,2; IC 95 por cento: 1,1;4,2); Bloco 2: mães com união recente (OR=2,0; IC 95 por cento: 1,0;4,2) e sem companheiro (OR=1,8; IC 95 por cento: 1,1;3,0), presença de maus tratos (OR=2,7;1,1-6,5); Bloco 3: presença de intercorrência na gravidez (OR=8,2; IC 95 por cento: 5,0;13,5), nascimento prévio de baixo peso (OR=2,4; IC 95 por cento: 1,2;4,5); pré-natal ausente (OR=16,1; IC 95 por cento: 4,7;55,4) ou inadequado (OR=2,1; IC 95 por cento: 2,0;3,5); Bloco 4: presença de problemas no parto (OR=2,9; IC 95 por cento: 1,4;5,1), mães que foram ao hospital de ambulância (OR=3,8; IC 95 por cento: 1,4;10,7); Bloco 5: baixo peso ao nascer (OR=17,3; IC 95 por cento: 8,4;35,6), nascimento de pré-termo (OR=8,8; IC 95 por cento: 4,3;17,8). CONCLUSÕES: Além dos fatores proximais (baixo peso ao nascer, gestações de pré-termo, problemas no parto e intercorrências durante a gestação), identificou-se a participação de variáveis que refletem exclusão social e de fatores psicossociais. Esse contexto pode afetar o desenvolvimento da gestação e dificultar o acesso das mulheres aos serviços de saúde. A assistência...


OBJECTIVE: To assess risk factors for early neonatal mortality. METHODS: A population-based case-control study was carried out with 146 early neonatal deaths and a sample of 313 controls obtained among survivals of the neonate period in the south region of the city of São Paulo, in the period of 8/1/2000 to 1/31/2001. Information was obtained through home interviews and hospital charts. Hierarchical assessment was performed in five groups with the following characteristics 1) socioeconomic conditions of mothers and families, 2) maternal psychosocial conditions, 3) obstetrical history and biological characteristics of mothers, 4) delivery conditions, 5) conditions of newborns RESULTS: Risk factors for early neonate mortality were: Group 1: poor education of household head (OR=1.6; 95 percent CI: 1.1;2.6), household located in a slum area (OR=2.0; 95 percent CI: 1.2;3.5) with up to one room (OR=2.2; 95 percent CI: 1.1;4.2); Group 2: mothers in recent union (OR=2.0; 95 percent CI: 1.0;4.2), unmarried mothers (OR=1.8; 95 percent CI: 1.1;3.0), and presence of domestic violence (OR=2.7; 95 percent CI: 1;6.5); Group 3: presence of complications in pregnancy (OR=8.2; 95 percent CI: 5.0;13.5), previous low birth weight (OR=2.4; 95 percent CI: 1.2;4.5), absence of pre-natal care (OR=16.1; 95 percent CI: 4.7;55.4), and inadequate pre-natal care (block 3) (OR=2.1; 95 percent CI: 2.0;3.5); Group 4: presence of clinical problems during delivery (OR=2.9; 95 percent CI: 1.4;5.1), mothers who went to hospital in ambulances (OR=3.8; 95 percent CI: 1.4;10.7); Group 5: low birth weight (OR=17.3; 95 percent CI: 8.4;35.6) and preterm live births (OR=8.8; 95 percent CI: 4.3;17.8). CONCLUSIONS: Additionally to proximal factors (low birth weight, preterm gestations, labor complications and unfavorable clinical conditions in gestation), the variables expressing social exclusion and presence of psychosocial factors were also identified. This context may affect...


Subject(s)
Infant, Newborn , Humans , Perinatal Care , Socioeconomic Factors , Risk Factors , Infant Mortality , Maternal Health Services , Case-Control Studies
5.
Braz. j. infect. dis ; 11(3): 314-317, June 2007. tab
Article in English | LILACS | ID: lil-457629

ABSTRACT

This study assessed the effect of antiretroviral drugs administered to pregnant women on amylase and liver enzymes of the neonate. A prospective study was conducted on 52 neonates divided into three groups: infants born to HIV-infected mothers taking zidovudine (ZDV group, n = 18), infants born to mothers taking zidovudine + lamivudine + nelfinavir (TT group, n = 22) and infants born to normal women (control group, n = 12). Umbilical cord blood from the newborn infant was used to determine liver transaminases and amylase. Data were analyzed statistically by nonparametric tests, with the level of significance set at p<0.05. The median levels for TT group newborns were 33.3 U/L for oxaloacetic transaminase, 21.5 U/L for pyruvic transaminase, 1.9 mg/dL for total bilirubin, 153 mg/dL for alkaline phosphatase, and 9.6 U/L for amylase. These results did not differ from those obtained for Control newborns or newborns exposed to ZDV alone. No association was observed between the use of antiretroviral drugs during pregnancy and adverse effects on neonatal amylase and hepatic parameters at birth.


Subject(s)
Adolescent , Adult , Female , Humans , Infant, Newborn , Male , Pregnancy , Amylases/blood , Anti-HIV Agents/therapeutic use , HIV Infections/prevention & control , Infectious Disease Transmission, Vertical , Liver/enzymology , Transaminases/blood , Cohort Studies , Control Groups , Drug Therapy, Combination , Fetal Blood/enzymology , HIV Infections/drug therapy , HIV Infections/transmission , Lamivudine/therapeutic use , Liver/drug effects , Nelfinavir/therapeutic use , Prospective Studies , Zidovudine/therapeutic use
6.
Rev. saúde pública ; 41(1): 35-43, fev. 2007. tab
Article in English | LILACS | ID: lil-440281

ABSTRACT

OBJECTIVE: To assess risk factors for antepartum fetal deaths. METHODS: A population-based case-control study was carried out in the city of São Paulo from August 2000 to January 2001. Subjects were selected from a birth cohort from a linked birth and death certificate database. Cases were 164 antepartum fetal deaths and controls were drawn from a random sample of 313 births surviving at least 28 days. Information was collected from birth and death certificates, hospital records and home interviews. A hierarchical conceptual framework guided the logistic regression analysis. RESULTS: Statistically significant factors associated with antepartum fetal death were: mother without or recent marital union; mother's education under four years; mothers with previous low birth weight infant; mothers with hypertension, diabetes, bleeding during pregnancy; no or inadequate prenatal care; congenital malformation and intrauterine growth restriction. The highest population attributable fractions were for inadequacy of prenatal care (40 percent), hypertension (27 percent), intrauterine growth restriction (30 percent) and absence of a long-standing union (26 percent). CONCLUSIONS: Proximal biological risk factors are most important in antepartum fetal deaths. However, distal factors - mother's low education and marital status - are also significant. Improving access to and quality of prenatal care could have a large impact on fetal mortality.


OBJETIVO: Analisar os fatores de risco para óbitos fetais anteparto. METODOS: Estudo de caso-controle de base populacional realizado no Município de São Paulo, SP, de agosto de 2000 a janeiro de 2001. Os indivíduos foram selecionados a partir de uma coorte de nascimentos, obtida por meio de vinculação de declarações de nascimento e óbito. Os casos foram 164 óbitos fetais anteparto e os controles, uma amostra aleatória de 313 de sobreviventes até 28 dias. Foram realizadas entrevistas domiciliares com as mães e aplicado protocolo hospitalar. Foi empregada regressão logística para análise dos dados, baseado em modelo conceitual hierárquico. RESULTADOS: Os fatores estatisticamente significantes associados aos óbitos fetais anteparto foram: mães com união recente ou sem união; escolaridade da mãe inferior a quatro anos; nascimentos anteriores de baixo peso; mães com hipertensão, diabetes, e sangramento durante a gestação; ausência ou pré-natal inadequado presença de malformação congênita e presença de pequeno para idade gestacional. As maiores frações de risco atribuível na população foram inadequação do pré-natal (40 por cento), hipertensão (27 por cento), presença de pequeno para idade gestacional (30 por cento), e ausência de união com mais de um ano (26 por cento). CONCLUSÕES: Os fatores de risco proximais são os mais importantes para a mortalidade fetal anteparto. Entretanto, fatores distais como mães de baixa escolaridade e união recente ou ausente também desempenham importante papel. Melhorar acesso e qualidade do pré-natal pode promover impacto positivo na mortalidade fetal.


Subject(s)
Female , Pregnancy , Humans , Prenatal Care , Pregnancy , Fetal Mortality , Fetal Death , Case-Control Studies , Socioeconomic Factors , Risk Factors
7.
Cad. saúde pública ; 22(3): 643-652, mar. 2006. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-423250

ABSTRACT

A pesquisa Mortalidade Perinatal na Região Sul do Município de São Paulo: Um Estudo Caso-controle de Base Populacional possibilitou a comparacão das informacões das declaracões de nascido vivo (DN) com as obtidas em entrevistas com as mães e o registro nos prontuários hospitalares, e permitiu avaliar diferencas de registro nos nascimentos que resultaram em óbitos neonatais precoces (casos) e sobreviventes (controles). Para avaliar a confiabilidade e validade das informacões das DN foram utilizadas medidas de concordância, sensibilidade, especificidade, prevalências real e estimada. A paridade materna e presenca de anomalias congênitas mostraram elevada ausência de registro. O peso ao nascer e o tipo de parto são bem identificadas pela DN, em casos e controles. A DN mostrou alta sensibilidade e especificidade para captar os nascimentos de pré-termo nos casos, contudo, subestima o número de nascimentos de pré-termo: 30,8 por cento nos controles e 2,9 por cento nos casos. O SINASC superestima em cerca de duas vezes a presenca de nascimentos de mães de baixa escolaridade. Verificou-se que as DNs dos controles têm informacões mais completas, porém a informacão registrada para os casos apresenta melhor qualidade.


Subject(s)
Humans , Infant , Infant Mortality , Information Systems , Live Birth , Medical Records , Case-Control Studies , Reproducibility of Results
8.
Rev. saúde pública ; 39(3): 366-375, jun. 2005. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-405313

ABSTRACT

OBJETIVO: Identificar a freqüência, o risco de mortalidade fetal e neonatal precoce e os determinantes do parto domiciliar acidental. MÉTODOS: Estudo caso-controle de base populacional sobre mortes fetais e neonatais precoces realizado na região sul do Município de São Paulo. Foram coletados dados em entrevistas domiciliares e de prontuários hospitalares. Os motivos referidos pelas mães para a ocorrência de partos domiciliares foram obtidos nas entrevistas. Os fatores de risco para o parto domiciliar foram obtidos comparando-se com os partos hospitalares. Os dados foram analisados separadamente para perdas fetais, óbitos neonatais e sobreviventes. Foram utilizadas odds ratio, intervalo de confiança de 95 por cento e o teste exato de Fisher para avaliar os fatores de risco e estimar o risco de morte. RESULTADOS: A freqüência de partos domiciliares de 0,2 por cento no Sistema de Informações de Nascidos Vivos está sub-notificada. Quando ajustada, passa a ser de 0,4 por cento, compatível com a encontrada em algumas cidades da Europa. Todos os partos domiciliares identificados foram acidentais. O parto domiciliar acidental está associado ao aumento da mortalidade fetal e neonatal precoce. Características sociais das mães e da gestação estão associadas à ocorrência de partos domiciliares acidentais, e não são sempre as mesmas para os três tipos de desfecho (óbito fetal, óbito neo-natal precoce e sobreviventes). A falta de transporte para o hospital foi indicada como motivo para os partos domiciliares por 30 por cento das mães. Falhas do sistema de saúde em reconhecer a iminência do parto e a não disponibilidade de atendimento de urgência contribuíram para a ocorrência de alguns partos domiciliares. CONCLUSÕES: Apesar de serem eventos raros, pelo menos em área urbana, os partos domiciliares acidentais devem merecer atenção específica, já que acarretam aumento do risco de morte e parecem ser evitáveis.


Subject(s)
Humans , Female , Fetal Mortality , Infant Mortality , Home Childbirth , Health Services Accessibility , Socioeconomic Factors
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