ABSTRACT
Objetiva captar as concepçöes dos adolescentes que freqüentam o Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente (NESA/UERJ) sobre saúde/doença e risco e contrapô-las ao entendimento acerca destas mesmas categorias encontradas nos documentos oficiais de atençäo à saúde dos adolescentes produzidos por órgäos gestores nacionais (Ministério da Saúde) e internacionais (Organizaçäo Panamericana da Saúde). Decifra o entendimento que os adolescentes possuem acerca das categorias delimitadas, utilizando os princípios metodológicos da História Oral, partindo sempre da premissa de que näo é possível retirar-lhes suas historicidades e de que suas verbalizaçöes constróem-se relacionadas à ambiência social que os circunda e, portanto, traduzem maneiras de ser e pensar construídas socialmente. Observa que os adolescentes percebem a doença como um "problema" passível de resoluçäo e concebem o risco como algo que existe no meio social do qual fazem parte, diferentemente dos documentos oficiais que os vislumbram permanentemente como sendo o própio risco