ABSTRACT
ABSTRACT Objective To investigate the prevalence of palliative sedation use and related factors. Methods An observational study based on data collected via electronic questionnaire comprising 23 close-ended questions and sent to physicians living and working in the state of São Paulo. Demographic data, prevalence and frequency of palliative sedation use, participant's familiarity with the practice and related motivating factors were analyzed. In order to minimize memory bias, questions addressing use frequency and motivating factors were limited to the last year prior to survey completion date. Descriptive statistics were used to summarize data. Results In total, 20,168 e-mails were sent and 324 valid answers obtained, resulting in 2% adherence. The overall prevalence of palliative sedation use over the course of professional practice was 68%. However, only 48% of respondents reported having used palliative sedation during the last year, primarily to relieve pain (35%). The frequency of use ranged from one to six times (66%) during the study period and the main reason for not using was the lack of eligible patients (64%). Approximately 83% of physicians felt comfortable using palliative sedation but only 26% reported having specific academic training in this field. Conclusion The prevalence of palliative sedation use is high, the primary indication being pain relief. However, frequency of use is low due to lack of eligible patients.
RESUMO Objetivo Verificar a prevalência e os fatores associados ao uso de sedação paliativa. Métodos Trata-se de estudo observacional realizado a partir do preenchimento de um questionário eletrônico com 23 questões objetivas enviado a médicos paulistas. Foram avaliados os dados demográficos, a prevalência e a frequência de uso da sedação paliativa; o nível de conhecimento a respeito da técnica; e as motivações para sua utilização. Visando minimizar o viés de recordação, questões sobre a frequência de uso e motivações para tal, as respostas deveriam se referir ao último ano em relação à data de preenchimento da pesquisa. Foi utilizada estatística descritiva para sumarizar os resultados. Resultados Foram enviados 20.168 e-mails e obtiveram-se 324 respostas válidas, resultando em 2% de adesão. A prevalência de utilização da sedação paliativa ao longo do histórico de atuação profissional foi de 68%, mas apenas 48% utilizaram a sedação paliativa no último ano, motivados, principalmente, pela presença de dor no paciente (35%). A frequência de uso foi de uma a seis vezes (66%), e a principal razão para não empregar a sedação paliativa foi a ausência de pacientes elegíveis (64%). Aproximadamente 83% dos médicos sentiam-se confortáveis quanto ao uso de sedação paliativa, mas apenas 26% possuíam formação teórica específica na área. Conclusão A prevalência de uso da sedação paliativa é alta, sendo utilizada, na maioria das vezes, para proporcionar o alívio da dor do paciente. Por outro lado, sua frequência de utilização é baixa, principalmente pela ausência de pacientes elegíveis.