ABSTRACT
A avaliação do estado nutricional e a detecção precoce dos riscos nutricionais que acompanham o envelhecimento feminino são consideradas prioritárias na atenção primária à saúde. Este estudo teve como objetivo avaliar o estado nutricional e o risco nutricional em uma amostra de idosas participantes do Programa UCS Sênior da Universidade de Caxias do Sul. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico. Utilizaram-se variáveis sociodemográficas, antropométricas, epidemiológicas, consumo alimentar obtido através do questionário de frequência alimentar (QFA) e a triagem de risco nutricional (NSI). Dentre as 104 avaliadas, 59,6% possuíam companheiros, 71,1% referiram possuir ensino fundamental completo, médio ou superior, 74% possuíam renda mensal acima de dois salários mínimos e 94,2% classificaram-se como ativas e/ou independentes. Em relação ao IMC, 44,2% estavam com pré-obesidade e/ou obesidade e apenas 11,5% baixo peso. Houve prevalência elevada de dislipidemias (61,5%) e circunferência da cintura em risco para doenças cardiovasculares (74%), segundo classificação da OMS (2003). Dentre as variáveis estudadas, somente a depressão aumentou significativamente com o aumento do risco nutricional pela classificação do NSI (p = 0,002). O Nutrition Screening Initiative identificou 51,9% de idosas em baixo risco, 36,5% risco moderado e 11,5% alto risco nutricional. Identificar fatores preditivos ao risco nutricional, através da associação de indicadores, pode permitir o direcionamento de intervenções de saúde, especialmente a nutricional, além de contribuir com a qualidade de vida dessa crescente parcela populacional. (AU)
The assessment of nutritional status and early detection of nutritional risks that follow the female aging are considered a priority in primary health care. This study aimed to evaluate the nutritional status and nutritional risk in a sample of elderly women of the UCS Senior Program at the University of Caxias do Sul. It is a cross-sectional, descriptive and analytical study. It was used sociodemographic, anthropometric, epidemiological variables, food intake were obtained by food frequency questionnaire (FFQ) and nutritional risk screening (NSI). Among the 104 evaluated, 59.6% had companions, 71.1% reported having completed primary education, middle or higher, 74% had income above two monthly minimum wages and 94.2% were classified as active and / or independent. In relation to BMI, 44.2% were overweight and/or obese and only 11.5% underweight. There was high prevalence of dyslipidemia (61.5%) and waist circumference in risk for cardiovascular disease (74%), according to WHO (2003). Among the variables studied, only the depression increased significantly with increased nutritional risk classification by the NSI (p = 0.002). The Nutrition Screening Initiative has identified 51.9% of elderly in low-risk, 36.5% moderate risk and 11.5% high nutritional risk. Identifying predictive factors of nutritional risk by association of indicators may allow health interventions, especially the nutritional, besides contributing to the quality of life of this growing part of the population. (AU)