ABSTRACT
INT: O PSF exige a (re) criação de intervenções que considerem a subjetividade no cuidado às famílias BA perspectiva comunitária. Políticas sociais escassas, violações dos direitos e discursos patologizantes resultam em prejuízos à saúde e fragilização das famílias. OBJ: Relatar utilização de um dispositivo coletivo, por equipes de saúde da família (ESF), na atenção infanto-juvenil. MET: Encontros quinzenais reunindo psicóloga, terapeuta ocupacional, fonoaudióloga e agentes comunitárias de saúde (ACS) no trabalho com famílias em situação de vulnerabilidade ao sofrimento psíquico. A oficina lúdica prevê quinze crianças em brinquedoteca. O grupo de cuidadores utiliza roda de discussão, disparando reflexões para mudanças nas relações cristalizadas entre pais, cuidadores substitutivos e filhos. A reunião subseqüente entre profissionais promove aprendizado e priorização de demandas. Duas famílias acompanhadas são descritas para ilustração. RES: O brincar permite expressão de emoções, sociabilidade, aprendizado; o grupo psicoeducativo com familiares dispara mudanças nos padrões relacionais ampliando a compreensão dos contextos que vulnerabilizam a infância. CONCL: O dispositivo mostra-se profícuo, articulado às ações de saúde, a ESF se fortalece para abordagens psicossociais. Restrições para a qualidade de vida familiar que ultrapassam a capacidade das intervenções psicoeducativas requerem políticas para promover direitos que fortaleçam a família e sua função cuidadora.
Introduction: The Family Health Program (Programa de Saúde da Família PSF) demands the (re)creation of interventions that take into account the subjectivity on family care on a community perspective. Rare social policies, violation of their rights and pathological discourses result in damaging these families health and in weakening them. Objectives: Reporting the use of a group device by family health teams (Equipes de Saúde da Família ESF) with a focus on the Child/Youth population. Methods: Biweekly meeting by a psychologist, an occupational therapist, a speech therapist and community health agents (Agentes Comunitárias de Saúde ACS) who work with families which are vulnerable to psychic suffering. The ludic workshop is intended for fifteen children on a ludic library workshop. The group of caretakers makes use of group discussions to think of changes for the crystallized relations between parents, substitute caretakers and children. The subsequent meeting between the professionals enables learning and prioritizing demands. The cases of two families are brought up for discussion. Results: Playing allows the expression of emotions, sociability and learning; the psycho-educational group with relatives brings changes to the relation patterns, enhancing the comprehension of the context that makes childhood vulnerable. Conclusion: The device proves to be useful and articulated to the health care actions; the teams are strengthened for psychosocial approaches. Restrictions on the family life quality that surpass the psycho-educational capacity interventions require public policies to promote rights that strengthen the family and its caring function.