ABSTRACT
Estudamos 13 pacientes submetidos à proctocolectomia restauradora (PCR) com bolsa ileal em "J". A idade dos pacientes variou de 22 a 56 anos (média de 39 anos), sendo sete do sexo feminino. A indicaçäo cirúrgica foi retocolite ulcerativa inespecífica (RCUI)em 10 casos, polipose adenomatosa familiar (PAF) e um caso após anastomose ileorretal complicada. Todos apresentavam, no pré-operatório, boa funçäo esfincteriana. Os pacientes foram avaliados no pós-operatório imediato, três meses, seis meses e 12 meses após o fechamento da ileostomia. Apenas um paciente apresentou soiling noturno. A média do número de evacuaçöes nas 24 horas diminuiu no decorrer do tempo, sendo de sete evacuaçöes no pós-operatório imediato e 4,4 após 12 meses. As complicaçöes precoces vinculadas à PCR ocorreram em dois pacientes (15,4 por cento) que foram: deiscência parcial da anastomose íleo-anal com posterior abscesso pélvico e um caso de peritonite por perfuraçäo estânea de íleo. As complicaçöes tardias ocorreram em quatro pacientes (30,8 por cento), sendo três casos de obstruçäo intestinal por bridas e um caso de fístula bolsa-vaginal. A mortalidade foi zero. Concluímos que a PCR, apesar da alta morbidade, é o procedimento de eleiçäo para os pacientes portadores de RCUI e PAF, com resultados funcionais, baixa mortalidade e melhor qualidade de vida