ABSTRACT
A precariedade de informações sobre a demanda infantil em serviços de saúde mental dificulta o conhecimento do perfil epidemiológico dos transtornos mentais infanto-juvenis, presentes na rede pública de atenção, repercutindo sobre a organização do cuidado no âmbito do SUS. O atual panorama de reorganização da assistência pública em saúde mental, onde se inclui a tarefa de disponibilizar um cuidado adequado à população infanto-juvenil, exige informações que auxiliem no diagnóstico de morbidade para o planejamento de serviços em áreas definidas de assistência. Estudos epidemiológicos brasileiros têm revelado prevalência de desordens psiquiátricas de 10por cento a 13por cento, no grupo etário entre 5 e 14 anos. Apresentamos dados ambulatoriais e de internação hospitalar relativos à assistência ao sofrimento mental infanto-juvenil no âmbito da atenção pública em Salvador, Bahia. Retardo mental foi o diagnóstico mais freqüente no ambulatório especializado e o segundo maior motivo de internação hospitalar.