ABSTRACT
O objetivo deste estudo in vitro foi verificar o efeito de diferentes métodos de desinfecção/esterilização sobre a resistência de união de um compósito à dentina de dentes decíduos. Foram utilizados 90 molares decíduos provenientes do Banco de Dentes Humanos da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP), os quais foram divididos em seis grupos (n=12), de acordo com o método de descontaminação: G1= glutaraldeído 2% por 24 horas; G2= cloramina 1% por uma semana; G3= autoclave 121°C 15 psi por 40 minutos; G4= álcool 70% por uma semana; G5= formalina 10% por uma semana; e G6= controle (água) por uma semana. Após descontaminados, os dentes foram embutidos em resina acrílica, cortados com disco diamantado e desgastados em politriz, de forma a expor uma área de dentina oclusal de média profundidade. Após hibridização com o sistema adesivo Single Bond® (3M ESPE) uma matriz de teflon cone-invertida e base circular de 3 mm de diâmetro foi posicionada de forma a permitir a confecção da restauração de resina composta Z100® (3M ESPE). Os espécimes foram testados em máquina de tração Mini Instron com carga de 500N e velocidade 0,5 mm/min. As médias dos valores de resistência de união (± dp) foram: G1= 11,10 (±2,00); G2= 11,90 (±3,01) ; G3= 9,76 (±2,76); G4= 9,17 (±1,43); G5= 11,01 (±3,40); G6= 9,51 (±2,59). A Análise de Variância (ANOVA) demonstrou não haver diferença significativa entre os métodos testados, concluindo-se, assim, que os métodos de descontaminação testados não comprometeram a resistência de união do sistema adesivo Single Bond à dentina de dentes decíduos extraídos.