ABSTRACT
Objetivo - Avaliar, as alterações cardíacas e sua evolução no decurso da síndrome da imunodeficiência adquirida e realizar correlação de dados clínicos e patológicos. Métodos - Foram estudados, prospectivamente, 21 pacientes entre 19 e 42 anos, (4 mulheres) internados com diagnóstico da síndrome da imunodeficiência adquirida e acompanhados até o óbito. Além dos exames de rotina, foram feitos ECG e ecocardiograma a cada 6 meses. Após o óbito, realizou-se estudo macro e microscópico. Resultados - As indicações mais freqüentes de internação foram: diarréia ou pneumonias de repetição, tuberculose, toxoplasmose ou sarcoma de Kaposi. Na avaliação cardíaca, mais freqüentemente, foram encontrados pericardite aguda ou crônica (42 por cento) e miocardiopatia dilatada (19 por cento). Quatro casos tiveram como causa mortis disfunções cardíacas, respectivamente, endocardite bacteriana, pericardite com derrame, miocardite bacteriana e infecção por Toxoplasma gondii. Conclusão - Algumas alterações cardíacas graves levaram ao óbito. Na maioria, houve boa correlação entre dados clínicos e anatomopatológicos. Avaliação cardíaca foi importante mesmo nos casos assintomáticos para se detectar alterações precoces e tratá-las convenientemente.