ABSTRACT
Os autores descrevem a evolução clínica de um rapaz de 16 anos com osteossarcoma, primário na perna direita e secundário do pulmão direito com protrusão do tumor para o átrio esquerdo através da veia pulmonar superior direita. O diagnóstico foi realizado durante ecocardiografia como protocolo para detecção de cardiotoxicidade às drogas antineoplásicas. Neste estágio, já havia uma grande metástase pulmonar à direita, irressecável e que foi controlada apenas pela quimioterapia. O paciente desenvolveu sinais clínicos de obstrução do átrio esquerdo e hipertensão arterial pulmonar, sendo submetido a ressecção da protrusão tumoral por cirurgia cardíaca aberta. No entanto, mesmo com prognóstico ruim, sobreviveu por quatro meses mais. A despeito do prognóstico pobre esperado, este tipo de cirurgia não impõe dificuldades técnicas e deveria ser feita sempre que possível tendo em vista a melhora da qualidade de vida que poderá trazer