ABSTRACT
O objetivo deste estudo é avaliar a cavidade bucal de pacientes com refluxo gastroesofágico para encontrar lesões nos dentes e nos tecidos lisos e comparar a prevalência dessa lesões com as observadas em pacientes que não apresentaram o refluxo. O estudo incluiu cinquenta e seis pacietes (26 do sexo masculino e 30 do feminino) com média de idade de 40 anos ( faixa de 29 a 60 anos), que foram submetidos a endoscopia superior para avaliar sintomas dispépticos. Trinta pacientes apresentavam esofagite péptica erosiva e foram colocados no grupo I. Verificou-se que vinte e seis pacientes apresentavam dispepsia funcional e estes foram colocados no grupo II. Os dois grupos de pacientes foram submetidos a avaliações bucais por um dentista. Os pacientes com refluxo gastroesofágico tinham maior prevalência de erosões, abrasão e atrito, porém uma prevalência significante mais baixa de cáries e gengivite. A presença de esofagite erosiva não teve impacto sobre a prevalência de periodontite. Ainda será preciso determinar se essa interferência está relacionada com uma maior exposição da placa dentária ao ácido e `a pepsina, devido a uma interferência da função salivária.