ABSTRACT
Objetivo: análise crítica dos estudos sobre a epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento do DM2 no jovem. Métodos: revisão da literatura nos últimos 10 anos, através de pesquisa no banco de dados Medline, utilizando os termos diabetes do tipo 2 no jovem. Resultados: a fisiopatologia do DM2 no jovem é semelhante à do adulto, e compreende tanto a resistência à ação da insulina como uma alteração na função da célula beta-pancreática. O antecedente familiar para DM2, a presença de obesidade, a acanthosis nigricans , o peptídeo C de jejum superior a 0,6 ng/ml, a ausência de auto-anticorpos antiilhotas pancreáticas, em combinações variáveis, são pontos importantes para o diagn6stico desse tipo de DM. Cinco a 25 por cento dos jovens com esse tipo de DM podem apresentar cetoacidose no diagnóstico. Nesses pacientes, o tratamento inicial com insulina é possível de ser descontinuado durante a evolução. A aderência à dieta e ao exercício físico são os elementos mais importantes dotratamento destes adolescentes. Conclusão: como a obesidade nos jovens tem aumentado, tanto em países industrializados como nos países em industrialização, oDM2 no jovem pode ser considerado um problema emergentetambém na nossa população
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Diabetes Mellitus, Type 2/diagnosis , Diabetes Mellitus, Type 2/epidemiology , Diabetes Mellitus, Type 2/physiopathologyABSTRACT
Monitorizaçäo pressórica de 24 horas (MP24h) tem sido usada no estudo de complicaçöes crônicas do diabetes pelo seu potencial de identificar distúrbios nao evidenciáveis às mediçöes ambulatoriais. Comparamos 1) a pressäo arterial (PA) de 24h de 23 indivíduos com diabetes insulino-dependente sem nefropatia (normoalbuminúricos ou "Normo"), com 14 portadores de microalbuminúria ("Micro") e com grupo näo-diabético ("NI") (n=10); 2) parâmetros eco-cardiográficos entre os diabéticos. Além de PA e frequência cardíaca (FC), as cargas sistólicas (percentual de registros de PA sistólica > 140 mmHg no período diurno e >120 mmHg no noturno) e diastólicas (valores de corte: 90 e 80 mmHg) foram obtidas e os descensos noturnos da PA calculados. Os grupos diabéticos näo diferiram quanto à dose de insulina e controle glicêmico. A PA sistólica diurna dos diabéticos foi maior que a dos NI, näo diferindo entre Normo e Micro (119+7 vs 126+8 e 130+8 mmHg; NI, Normo e Micro, respectivamente, p<0,01), padräo este observado também para a PA sistólica noturna (103+7 vs 109+8 e 116+13 mmHg; p<0,05). Näo houve diferença entre os grupos quanto às PA diastólicas. As PA médias diurnas (91+4 vs 98+4 mmHg) e noturnas (76+5 vs 85+9 mmHg) foram menores no NI do que nos Micro (p<0,05). A FC näo diferiu entre os grupos. Todos tiveram queda da PA e FC à noite com o sono. A carga sistólica diurna foi maior nos Micro do que nos NI, näo havendo diferença estatística entre Normo e Micro (Mi=0,8 vs 4,5 e 17,8 por cento; NI, Normo e Micro, p<0,01), embora nítida a tendência dos últimos a cargas mais altas. A carga diastólica diurna foi menor nos NI do que nos Micro, sem diferença entre os grupos diabéticos (Mi=2,3 vs 8,1 e 20,8 por cento; p<0,02). As cargas noturnas dos 3 grupos foram similares. O descenso noturno da PA média dos NI foi maior em comparaçäo com os grupos diabéticos (Mi=20,6 vs 14,8 e 14,8 por cento; p<0,05). O índice de massa de ventrículo esquerdo (MVE), dentro da faixa normal, näo diferiu entre Normo e Micro (82,8+23,6 e 89,5+21,3 g/m2). Näo houve correlaçäo entre albuminúria, descenso noturno e MVE. A MP24h revelou que o estado diabético, independente da presença de nefropatia, se associa a aumento da PA. Nesta amostra näo foi possível separar diabéticos Micro e Normo, usando parâmetros como cargas pressóricas e descenso noturno no PA. A MVE näo mostrou utilidade para reconhecer precocemente o dano renal, se comparada à albuminúria. Outras disfunçöes próprias da doença...