ABSTRACT
O tênis é um esporte que exige condicionamento físico, força, flexibilidade, agilidade e coordenação motora. Não havendo uma programação de preparação física, os praticantes realizam movimentos e adaptações inadequadas, provocando lesões e queda no rendimento. A presente pesquisa enfocou uma temática pouco estudada pelos profissionais de saúde em Fortaleza, diante do crescente número de praticantes de tênis. Procurou-se através deste trabalho investigar a prevalência de lesões ósteo-mio-articulares em atletas amadores de tênis e os fatores de risco associado, identificando as regiões do corpo mais acometidas e os tipos de lesões mais freqüêntes. O estudo realizado foi do tipo observacional, realizado em duas academias de tênis, em Fortaleza, de junho a setembro de 2005. Foi aplicado um questionário junto a 53 atletas amadores, com intuito de colher dados que contemplassem os objetivos do estudo. Concluiu-se que a prevalência de lesões foi significativa (75%), acometendo as articulações do cotovelo (18 atletas), ombro e joelho (13), sendo o tennis elbow (18), o entorse de joelho (11) e a tendinite do supra-espinhoso (10) os tipos de lesões mais freqüentes, tendo como principal fator de risco a inexistência de orientação quanto à postura, técnica e biomecânica correta nos gestos esportivos. Outro fator de risco identificado foi a ausência de supervisionamento na execusão da modalidade preventiva, podendo a mesma ser realizada de maneira indevida, perdendo sua eficácia na prevenção de lesões.