ABSTRACT
O objetivo deste trabalho foi avaliar o valor clínico de dois novos marcadores séricos de cartilagem em pacientes com artrite reumatóide crônica. Cento e quarenta pacientes foram seguidos por um período médio de 12 anos e avaliados para a presença de glicoproteína-39 de cartilagem humana e para matrix de proteína oligomérica sérica e seu respectivo coeficiente de correlação entre os marcadores e um escore de atividade da doença. Os valores médios da matrix de proteína oligomérica sérica e glicoproteína-39 de cartilagem humana foram, respectivamente, 9 ± 6 ug/ml e 36 ± 16 ug/ml (p > 0,001) quando comparados aos controles. Uma correlação positiva foi observada entre os escores de atividade da doença e os biomarcadores (r = 0,67 para a glicoproteína-39 de cartilagem humana e r = 0,83 para a matrix de proteína oligomérica sérica). Conclusão: O presente estudo mostrade maneira inequívoca que pacientes com artrite reumatóide de longa duração mostram valores séricos mais elevados de marcadores bioquímicos do metabolismo da cartilagem e umacorrelação positiva com o escore de atividade da doença.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Arthritis, Rheumatoid , Cartilage/metabolism , Biomarkers/analysisABSTRACT
A artrite reumatóide (AR) é uma doença auto-imune, crônica, caracterizada pelo comprometimento inflamatório das articulações sinoviais periféricas. A proteína amilóide A sérica (SAA) é uma das principais proteínas de fase aguda (PFA), porém seu uso na rotina do laboratório clínico ainda é pouco difundido. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi analisar a utilidade da SAA na avaliação da atividade clínica da AR. Métodos: Foram estudados 113 pacientes com AR, diagnosticados segundo os critérios do Colégio Americano de Reumatologia. Para a caracterização da atividade de doença, foi utilizado o Índice de Atividade de Doença (IAD), proposto pela Liga Européia Contra o Reumatismo. Resultados: A SAA apresentou correlação positiva, estatisticamente significativa, com a proteína C-Reativa (PCR), tanto como a alfa-1-glicoproteína ácida (AGP), quanto com o IAD. Nossos resultados demonstraram que a SAA apresentou, particularmente, uma maior sensibilidade na determinação da atividade inflamatória da AR, em comparação às outras PFA. Apresentou, também, uma boa capacidade de discriminar os grupos de atividade moderada e alta do IAD. Como o IAD não mede unicamente o componente inflamatório do AR, a dosagem de uma PFA é de grande utilidade para a caracterização da atividade dessa enfermidade. Conclusões: Os resultados deste estudo sugerem que a SAA pode ser de grande valor na determinação da atividade inflamatória da AR