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Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(2): e00266920, 2022. tab
Article in Spanish | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1360279

ABSTRACT

Las mujeres trans enfrentan un riesgo desproporcionado de adquirir el VIH. Este estudio analiza cualitativamente el riesgo del VIH en mujeres trans mexicanas desde el género como estructura social. Se trata de un estudio cualitativo realizado en el noreste de México. Se hicieron 15 entrevistas a mujeres trans de entre 22 y 69 años y se realizó un análisis temático. El análisis de las entrevistas reveló tres categorías temáticas: construcciones sociales del VIH y estigma, el género y el VIH en las relaciones interpersonales, y el género y el VIH en las instituciones y la política. Los resultados muestran que las construcciones sociales del VIH se tejen en el colectivo, a partir de la interacción con otras mujeres trans. El VIH es un fenómeno atravesado por la temporalidad sociohistórica y, en ese sentido, se generan las percepciones de riesgo frente a él. El género como estructura de opresión se vincula con las experiencias de estigma y discriminación, así como la búsqueda de la legitimación del género a través de las relaciones con parejas sexuales. Las instituciones y la política pública se relacionan con el acceso a los servicios de salud, además se identifican y analizan las barreras institucionales, personales y colectivas a partir de la identidad de género. La política sostiene y refuerza la marginalización de las mujeres trans impactando en el riesgo del VIH. Los resultados muestran que el riesgo del VIH es un fenómeno multicausal basado en el género como estructura de opresión con implicaciones sistémicas.


Trans women experience disproportionate risk of HIV infection. The study performed a qualitative analysis of HIV risk in Mexican trans women from the perspective of gender as social structure. The qualitative study was performed in Northeast Mexico. Fifteen interviews were performed with trans women 22 to 69 years of age, followed by thematic analysis. The analysis revealed three thematic categories: social constructs of HIV and stigma, gender and HIV in interpersonal relations, and gender and HIV in institutions and policy. The results show that social constructs of HIV are produced collectively based on interaction with other trans women. HIV is a phenomenon traversed by sociohistorical temporality, generating risk perceptions. Gender as a structure of oppression is linked to experiences of stigma and discrimination and the search for gender legitimization through relations with sex partners. Institutions and public policy relate to access to health services, and institutional, personal, and collective barriers are identified and analyzed based on gender identity. The policy sustains and reinforces the marginalization of trans women, impacting HIV risk. HIV risk is a multicausal phenomenon based on gender as a structure of oppression with systemic implications.


As mulheres trans enfrentam um risco desproporcional de adquirir HIV. Este estudo analisa qualitativamente o risco do HIV em mulheres trans mexicanas a partir do gênero como estrutura social. Trata-se de um estudo qualitativo realizado no nordeste de México. Foram realizadas 15 entrevistas com mulheres trans, com idade entre 22 e 69 anos, além de uma análise temática. A análise das entrevistas revelou três categorias temáticas: construções sociais do HIV e estigma, gênero e HIV nas relações interpessoais, e gênero e HIV nas instituições e a política. Os resultados mostram que as construções sociais do HIV se consolidam no coletivo, a partir da interação com outras mulheres trans. O HIV é um fenómeno atravessado pela temporalidade socio histórica e, neste sentido é que são geradas as percepções de risco frente a ele. O gênero como estrutura de opressão está relacionado às experiências de estigma e discriminação, e a busca da legitimação do gênero através das relações com parceiras sexuais. As instituições e a política pública são relacionadas com o acesso aos serviços de saúde e se identificam e analisam as barreiras institucionais, pessoais e coletivas, a partir da identidade de gênero. A política apoia e reforça a marginalização das mulheres trans, impactando o risco do HIV. Os resultados mostram que o risco do HIV é um fenómeno multicausal baseado gênero como estrutura de opressão com desdobramentos sistémicos.

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