ABSTRACT
Como doença crônica, o câncer infantil assume a forma de doença progressiva, que impõe modificações na vida da criança e da família, exigindo readaptações e estratégicas de enfrentamento. Foi realizado um estudo qualitativo que objetivou compreender como o cuidador familiar vivencia o cuidado domiciliar à criança em quimioterapia. Neste artigo é analisado o caso da cuidadora de uma criança com câncer atendida no hospital-dia de um serviço de Onco-Hematologia de um hospital público geral de pediatria de Fortaleza, Ceará. A coleta de dados for realizada por meio de entrevista e visita domiciliar, em agosto de 2006. A análise dos dados foi embasada na Fenomenologia Sociológica. Os resultados revelaram que o cuidado domiciliar à criança com câncer atribui ao cuidador novas responsabilidades, provoca mudanças repentinas em seu cotidiano, é pautado na oferta de carinho, e compreendido como uma ação gratificante, engrandecedora.