ABSTRACT
Uma amostra de 177 indivíduos pertencentes a 120 famílias nucleares, completas ou incompletas, de Bambui, Estado de Minas Gerais, sudeste do Brasil, foi estudada com o objetivo de apurar algumas das causas da variabilidade da taxa de eosinófilos em pessoas parasitadas por vermes intestinais com ciclo de vida extra-digestivo. A análise de segregaçäo, aplicada aos dados sem correçäo para a assimetria, mostrou que a hipótese de um gene principal aditivo é consistente com os dados, enquanto que as hipóteses que supöem a açäo de um gene dominante, de um gene recessivo ou ainda herança multifatorial näo explicam, adequadamente, a significante agregaçäo familial observada. A correçäo mais parcimoniosa para assimetria mostrou resultados semelhantes, mas näo permitiu a distinçäao entre os modelos dominante e recessivo, embora permitisse a rejeiçäo do modelo codominante. Considerando que esse modelo supöe ser a assimetria devida ao entrelaçamento de duas distribuiçöes, esses resultados parecem concordar com aqueles obtidos quando os dados näo foram corrigidos. Pode-se sugerir que o papel desempenhado por vários fatores genéticos independentes na resistência/suscetibilidade à infestaçäo por helmintos seja determinado, principalmente, por suas capacidades de agir no estabelecimento de uma resposta eosinofílica.