ABSTRACT
Considerando a hospitalização como um indicador de gravidade da Infecção Respiratória Aguda (IRA), objetiva-se estudar a associação de alguns fatores ambientais com a necessidade de tratamento hospitalar em crianças com diagnóstico de IRA. Foram analisados todos os prontuários de atendimento do Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, das crianças menores de cinco anos, de ambos os sexos, agrupados por mês do atendimento. Obedecendo às características climáticas da região, dois períodos climáticos foram levados em conta: seco (maio a outubro) e chuvoso (novembro a abril). As variáveis: temperatura, umidade relativa do ar, o número de focos de calor (queimadas) foram cotejadas. A prevalência da IRA foi 49,8 por cento; a necessidade de internação alcançou 7,6 por cento, com percentual de internações maior no período seco. Conclui-se que o período seco e a umidade relativa do ar estão associados com as hospitalizações das crianças estudadas.
Subject(s)
Child Welfare , Child, Hospitalized , Respiratory Tract InfectionsABSTRACT
Objetivo: estudar a influência dos períodos climáticos (seco ou chuvoso) na morbidade da Infecção Respiratória Aguda (IRA) em crianças menores de cinco anos. Métodos: estudo transversal, com coleta de dados secundários, atráves de análise dos prontuários das crianças com até cinco anos de idade e diagnóstico de IRA, atendidas no Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC). Obedecendo as características geográficas de Cuiabá, foram considerados dois períodos climáticos: o período seco (maio a outubro) e o chuvoso (novembro a abril). Resultados: a prevalência da IRA nas crianças foi de 50% (12.850/25.803), com percentual de 55% (7.040/12.850) casos de infecção do trato respiratório superior e 45% (5.810/12.850) casos de infecção do trato respiratório inferior. A necessidade de internação foi de 8% (977/12.850) dos casos de IRA. Entre as crianças internadas, 13% (131/977) tinham infecção do trato respiratório superior e 87% (846/977) do trato respiratório inferior (p= 0,0001). Quarenta e três por cento (5.491/12.850) das crianças receberam atendimento ambulatorial durante o período climático seco e 50% (6.373/12.850) no período climático chuvoso (p=0,001). Houve necessidade de internação hospitalar em 9% (555/6.046) das crianças com IRA atendidas no período seco e em 6% (422/6.795) delas no período chuvoso (p = 0,001). Quarenta e três por cento (5.491/12.850) das crianças receberam atendimento ambulatorial durante o período climático seco e 50% (6.373/12,850) no período climático chuvoso (p=0,001). Houve necessidade de internação hospitalar em 9% (555/6,046) das crianças com IRA atendidas no período seco e em 6% (422/6,795) delas no período chuvoso (p = 0,001). Conclusões: o período climático seco parece estar associado a um aumento de IRA que necessitam de internação hospitalar.
Objective: to study the influence of the climate periods (dry or rainy) in the morbidity of Acute Respiratory Infection (ARI) in children under five years old. Methods: a cross sectional study with analysis of all medical records (Emergency Care of Cuiabá/MT, Brazil) of children younger than five years old, gathered by month of attendance. Obeying the geographic conditions of Cuiabá, it was considered two climate periods: dry period (from May to October) and the rainy (from November to April). Results: the prevalence of ARI in Children was 49% (12.850/25.803), with 55% (7.045/12,850) cases of inferior tract respiratory infection (ITRI) and 45% (5.810/12.850) cases of superior tract respiratory infection (STRI). The necessity of hospitalization was 8% (977/12.850) in the cases of ARI. Among hospitalized children, 13% (131/977) had STRI and 87% (846/977) had ITRI. Forty three percent (5.491/12.850) of children were attended as outpatient during dry period and 6% (422/6.795) during the rainy period (p =0,001). Conclusions: the dry period is interfering in the rate of serious cases of ARI, whit higher necessity of hospitalization.