ABSTRACT
Endometrial ablation (EA) is a minimally invasive surgical procedure to reduce abnormal uterine bleeding contemplated for women who have achieved their reproductive goals. EA consists of the destruction of the endometrial layer with preservation of the uterus, although EA has lower complication rates than hysterectomy, it may be associated with metrorrhagia recurrence. One of the major causes of treatment failure is incomplete ablation of the endometrium. Thanks to techniques that have been developed in recent years, endometrial ablation can be performed on an outpatient basis, including by radiofrequency ablation. The main objective of this case series was to report four cases in which Radiofrequency Endometrial Ablation (RFEA) was used to treat abnormal uterine bleeding at a single ambulatory surgical center in Brazil. Hysteroscopic evaluation of the uterine cavity was performed immediately prior to the RFEA to diagnose possible endometrial pathologies and again at the conclusion of the procedure to assess the aspect of the newly treated endometrium. Verification of the completeness of the ablation was assessed by a third hysteroscopy 30 or 60 days after the ablation. In this case series RFEA was efficacious and safe for outpatient use. Although radiofrequency endometrial ablation can be performed without the use of the hysteroscope, we believe it is an important tool for the timely verification of the completeness of the endometrial ablation. (AU)
A ablação endometrial (AE) é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo destinado a mulheres com prole estabelecida visando redução do sangramento uterino anormal. A AE consiste na destruição da camada endometrial com a preservação do útero, apesar da AE possuir menores índices de complicação do que a histerectomia, pode estar associada a recorrência do sangramento. Uma das causas da falha de tratamento é a ablação incompleta do endométrio. Atualmente, a ablação endometrial pode ser realizada ambulatorialmente graças às técnicas que vêm sendo desenvolvidas nos últimos anos, as quais incluem o uso de radiofrequência. O objetivo dessa série de casos é descrever 4 casos de Ablação Endometrial por Radiofrequência (AERF) para o tratamento de sangramento uterino anormal realizados em um mesmo ambulatório especializado no Brasil. Uma avaliação histeroscópica da cavidade uterina foi realizada imediatamente antes da AERF para diagnosticar possíveis patologias endometriais e imediatamente ao final do procedimento, para avaliar o aspecto do endométrio recém tratado e a necessidade de nova aplicação de radiofrequência. A integralidade da ablação foi verificada por uma terceira histeroscopia após 30 ou 60 dias depois da ablaçao. A técnica mostrou-se adequada para uso ambulatorial. Embora a ablação endometrial por radiofrequência possa ser realizada sem o uso do histeroscópio, acreditamos que seja uma ferramenta importante para a verificação oportuna da integralidade da ablação endometrial. (AU)
ABSTRACT
A adenomiose frequentemente teve papel pouco valorizado na etiologia de várias doenças ginecológicas, provavelmente devido a grande dificuldade diagnóstica. Ao longo dos anos, seu diagnóstico ocorria por suspeição ou por achado em peças cirúrgicas de histerectomias. Exames de imagem começaram a ajudar no diagnóstico precoce desta patologia, como ultrassonografia transvaginal, histerossonografia, elastossonografia e, principalmente, ressonância magnética, através da determinação da espessura da zona juncional. Outros exames, como tomografia computadorizada, biópsia miometrial e dosagem de CA-125, não demonstram a mesma acurácia. O tratamento, que até recentemente se restringia à histerectomia, começa a apresentar novas opções como os agonistas e antagonistas do GnRH, os contraceptivos contínuos, danazol, dispositivos intrauterinos medicados, inibidores de aromatase, além de procedimentos mais conservadores como a embolização da artéria uterina, a adenomiomectomia e a ressecção parcial de adenomiose combinada à oclusão da artéria uterina por via laparoscópica.