Anastomose espleno-renal distal seletiva versus esclerose esdoscópica para controle das varizes esofagianas em pacientes portadores de esquistossomose / Distal splenorenal shunt versus endoscopic sclerotherapy for management of variceral bleeding in schistosomiasis

Foi realizado um estudo prospectivo comparando a anastomose espleno-renal distal seletiva (AERDS) com a escleroterapia endoscopica das varizes esofagianas, em 60 pacientes, tendo sido alocado metade dos pacientes em cada grupo. Todos os pacientes eram esquistossomoticos hepatesplenicos. O seguimento dos pacientes foi de quatro anos. A recidiva hemorragica no grupo esclerosado foi de 33,3% contra 6,6%, no grupo AERDS. Entretanto, apenas metade do grupo esclerosado (16,6%) necessitou mudar a terapia, isto e, realizar a cirurgia, para controlar a recidiva hemorragica. Quanto a mortalidade, no grupo da esclerose, nao observamos nenhum obito. No grupo AERDS ocorreram dois obitos no P.O. imediato. A encefalopatia nao foi observada no grupo esclerosado. Um paciente apresentou os sintomas dois anos apos a cirurgia. Os pacientes portadores de esplenomegalia volumosa, frequentemente associada ao hiperesplenismo, nao se benefician neste particular com a escleroterapia. A escleroterapia necessita de uma selecao dos pacientes com melhor nivel socio-cultural, pois a terapia incompleta com o abandono ou irregularidade do programa, levara fatalmente ao insucesso

Varizes esofageanas sangrantes / Esophageal beeding varices

Foi realizado o acompanhamento hospitalar de 105 pacientes com hemorragia digestiva alta por varizes esofageanas, com a idade média de 35,7 anos. A HDA foi leve em 12,5% , moderada em 52,8% e grave em 25% dos casos. Quanto ao calibre, as varizes eram grossas em 47,6% , médias em 21,9% e finas em 3,8% dos casos. Em 29,5% dos pacientes havia relato de uma cirurgia prévia, na maioria, esplenectomia associada à desconexäo ázigo'portal. A HDA precipitou o aparecimento de sinais de insuficiência hepática em alguns pacientes, tais como ascite, icterícia e encefalopatia. A maioria dos pacientes com HDA por VES de etiologia esquistossomótica cessa o sangramento espontaneamente, o que ocorreu em 65,8% dos nossos casos. Nos casos de HDA persistente, uma conduta específica deverá ser realizada para evita o óbito. A escleroterapia e o tamponamento têm sido as opçöes preferenciais. A cirurgia em caráter de urgência poderá e deverá ser evitada, devido à sua alta mortalidade. A mortalidade global do grupo em estudo foi de 11,1% dos casos

A forma hepatoesplênica da esquistossomose contribuiçöes à história natural / Hepato-splenic form of the schistosomiasis contributions to the natural history

Foi realizado um estudo prospectivo de acompanhamento clínico, em 100 pacientes, da forma hepatoesplênica com hipertensäo portal de etiologia esquistossomótica, com a finalidade de melhor esclarecimento sobre a sua evoluçäo natural, focalizando principalmente a rotura das varizes esofagianas. Em todos os pacientes foi realizada a terapia específica da E.M. com a oxamnniquine. A idade e o sexo näo apresentam correlaçäo estatisticamente significativa com o evento hemorrágico. O volume do baço näo aprasentou valor prognóstico, poi o seu tamanho näo manteve correlaçäo estatisticamente significante com o evento hemorrágico. Quanto à correlaçäo entre HDA e o calibre das varizes esofágicas, em apenas um paciente as varizes eram de fino calibre, porém nos demais elas eram de grosso e médio calibres. Devido ao pequeno número de pacientes com HDA analisados, o estudo estatístico ficou prejudicado. Houve regressäo completa das varizes esogagianas, do baço e do fígado com cinco pacientes. Em quatro a regressäo foi parcial. Todos eram jovens abaixo de 17 anos. A hemorragia digestiva ocorreu em 13 pacientes (20% do grupo controlado). Dois pacientes evoluiram para o óbito, dando uma taxa de mortalidade de 15,38%. A taxa de risco de se manter o grupo EHE sem antecedentes de HF+DA em acompanhamento clínico apresentou a mortalidade de 3% devido ao sangramento varicoso

Avaliaçäo do índice de cura da esquistossomose mansoni (E.M.) com a utilizaçäo da oxamniquine em uma zona endêmica / Evaluation of the cure of Schistosomiasis mansoni treated with oxanniquine in an endemic zone

Foi feito seguimento de um ano em 250 pacientes portadores de Esquistossosmose Mansoni, tratados com oxamniquine na dose de 15mg/Kg/ peso. Como índice de cura foi usado o exame parasitológico de fezes pelo método H.P.J., repetido a cada 3 meses. Obteve-se negativaçäo no exame parasitológico de fezes da ordem de 75%. Os autores concordam ser de grande importância o tratamento dos pacientes mais jovens, principalmente em áreas endêmicas, e que seja feito o controle de cura naqueles tratados

Hipertensäo portal: anastomose esplenorrenal dital seletiva; análise de 134 intervençöes / Portal hypertension: distal spleno-renal anastomosis: analysis of 134 surgeries

Foi realizada anastomose esplenorrenal distal seletiva (AERS) em 134 pacientes, em um período de quatro anos, sendo 72 pacientes do sexo masculino e 62 do sexo feminino. Foram operados 30 pacientes em caráter de urgência (na vigência da hemorragia), 70 eletivamente (cessada a crise hemorrágica) e 34 foram submetidos à intervençäo em caráter profilático (näo apresentavam história de sangramento digestivo). A esquistossomose mansoni foi a causa da hipertensäo portal em 90% dos casos e a cirrose foi notada em 4,9%. A endoscopia, realizada na maioria dos pacientes, mostrou correlaçäo entre o calibre das varizes e a hemorragia digestiva. Nenhum dos pacientes endoscopados durante a hemorragia ou operados de urgência apresentou varizes finas. A intensidade da fibrose hepática näo está correlacionada com a hemorragia digestiva. A AERS reduz o tamanho do baço, sendo que em 1/4 dos casos ele se torna impalpável e em outro 1/4 se mantém com a ponta palpável. Näo foi possível realizar a AERS em seis pacientes (4,4% dos casos), sendo os quatro primeiros na fase de adestramento cirúrgico. A mortalidade operatória foi de nove pacientes (6,7%), sendo na urgência, 16,6%; eletiva, 4,2% e profilática, 2,9%. Observamos quatro pacientes com encefalopatia durante o seguimento tardio. Cinco pacientes (4,9%) tiveram recidiva hemorrágica precoce. Apenas observamos uma recidiva tardia até o momento - o seguimento foi de 84,4%. A avaliaçäo da morbidade operatória mostrou os seguintes dados: edema de membros inferiores, icterícia, diástase do músculo retoanterior do abdome, dor no hipocôndrio esquerdo, hepatite, coma, hérnia incisional, ascite quilosa, infecçäo urinária, abscesso subfrênico, trombose veia porta, hipertensäo pulmonar

Hipertensao portal. Anastomose esplenorrenal distal seletiva. / Portal hypertension. Splenorenal anastomosis selective distal

Os autores apresentam uma casuistica de 70 pacientes com anastomose esplenorrenal distal seletiva, operados em periodo de 19 meses. Realizaram-se 17 cirurgias em carater de urgencia, 25 casos eletivamente e 28 preventivamente. A biopsia hepatica revelou um predominio de hipertensao portal de causa esquistossomotica em 82,35%, porem houve conco casos de cirrose - 7,35%.Apenas um caso nao se beneficiou com a cirurgia. Houve trombose de anastomose e a hemorragia persistiu, necessitando reintervencao. Nao houve recidiva hemorragica tardia. E ausente a encefalopatia neste material. A mortalidade global foi de 10%.Os autores enfatizam a diminuicao da morbilidade e mortalidade pos-operatoria com a aquisicao de maior experiencia com o metodo. Acreditam ser esta a melhor cirurgia no momento, para o tratamento da hipertensao portal