Vitamin E deficiency and associated factors among Brazilian school children / Deficiência de vitamina E e fatores associados entre crianças escolares brasileiras

ABSTRACT: Objective: Brazilian national data show a significant deficiency in pediatric vitamin E consumption, but there are very few studies evaluating laboratory-proven nutritional deficiency. The present study aimed to settle the prevalence of vitamin E deficiency (VED) and factors associated among school-aged children attended at a primary health unit in Ribeirão Preto (SP). Methods: A cross-sectional study that included 94 children between 6 and 11 years old. All sub-jects were submitted to vitamin E status analysis. To investigate the presence of factors associated with VED, socio-economic and anthropometric evaluation, determination of serum hemoglobin and zinc levels, and parasitological stool exam were performed. The associations were performed using Fisher's exact test. Results: VED (α-tocopherol concentrations <7 µmol/L) was observed in seven subjects (7.4%). None of them had zinc deficiency. Of the total of children, three (3.2%) were malnourished, 12 (12.7%) were anemic, and 11 (13.5%) presented some pathogenic intestinal parasite. These possible risk factors, in addition to maternal-work, maternal educational level, and monthly income, were not associated with VED. Conclusions: The prevalence of VED among school-aged children attended at a primary health unit was low. Zinc deficiency, malnutrition, anemia, pathogenic intestinal parasite, maternal-work, maternal educational level, and monthly income were not a risk factor for VED. (AU)

RESUMO: Objetivo: Determinar a prevalência da deficiência de vitamina E (DVE) e os fatores associados a essa deficiência em escolares atendidos em uma unidade básica de saúde de Ribeirão Preto (SP). Métodos: Estudo transversal que incluiu 94 crianças entre 6 e 11 anos de idade, atendidas em uma unidade básica de saúde. Todos os indivíduos foram submetidos à análise do status de vitamina E. Para investigar a presença de fatores associados à DVE, foi realizada avaliação socio-econômica e antropométrica, determinação dos níveis séricos de hemoglobina e zinco, e exame parasitológico de fezes. As associações foram realizadas por meio do teste exato de Fisher. Resultados: A DVE (concentrações de α-tocoferol <7 µmol/l) foi observada em sete indivíduos (7,4%). Nenhum sujeito apresentou deficiência sérica de zinco. Do total de crianças, três (3,2%) eram desnutridas, 12 (12,7%) anêmicas e 11 (13,5%) apresentavam algum parasita intestinal patogênico. Estes possíveis fatores de risco, além do trabalho materno, escolaridade materna e renda mensal, não foram associados à DVE (p>0,05). Conclusão: A prevalência de DVE em escolares atendidos em uma unidade básica de saúde foi baixa. Desnutrição, anemia, parasitose intestinal, renda mensal e trabalho e nível educacional maternos não se apre-sentaram como fatores de risco para a DVE. (AU)

Prevalência de acidentes na infância e adolescência / Prevalence of accidents in childhood and adolescence

Objetivo: Conhecer a prevalência e algumas características dos acidentes que acometem crianças e adolescentes matriculados em uma unidade básica de saúde. Método: Estudo tipo coorte transversal, em que foi aplicado um questionário a todos os pais ou responsáveis por crianças e adolescentes que foram atendidos, durante o período de uma semana, no CMSCVL. A principal pergunta era se o paciente havia sofrido algum acidente nos últimos 15 dias. Em caso afirmativo, foram registradas outras informações como: tipo do acidente, local de ocorrência, parte do corpo acometida e cuidados médicos recebidos, além de sua idade e sexo. Resultados: Foram respondidos 312 questionários, com 112 (35,9 por cento) positivos para acidentes. O sexo masculino (57,1 por cento) foi mais acometido do que o feminino (42,9 por cento). As faixas etárias que mais registraram acidentes foram 1 a 5 anos (48,2 por cento), 5 a 10 anos (32,1 por cento) e menores de 1 ano (12,5 por cento). Houve predomínio das quedas (71,4 por cento) sobre contusões (14,3 por cento) e escoriações (5,3 por cento). Os locais do corpo mais acometidos foram MMII (41,1 por cento), cabeça (28,6 por cento) e MMSS (16,1 por cento). A maioria dos acidentes (71,4 por cento) ocorreu no próprio domicílio. Os acidentes foram mais freqüentes nos períodos da tarde (42,8 por cento) e manhã (41,1 por cento). Apenas 10,7 por cento dos pacientes precisaram de cuidados médicos. Conclusão: Observou-se elevada prevalência de acidentes, acometendo crianças a partir de 1 ano de idade, ocorridos principalmente no domicílio. Embora os acidentes não tenham sido de maior gravidade, o estudo mostra ser necessário a implementação de ações educativas de prevenção de acidentes e promoção de saúde junto à comunidade.