ABSTRACT
Diante da difundida e universal integralidade de seu doente - critério básico de seu "dever-se" - a enfermagem encontra-se eticamente sob o desafio do integralismo impossível. O núcleo da questäo aqui desenvolvida näo reside, entretanto, na denúncia da näo-realizaçäo da integralidade; ao contrário, abre-se para uma pluralidade que näo se compromete com nenhum acesso ao todo, pelo menos näo aquele que está programado bio-psico-social-espiritualmente. Näo temos nenhum compromisso teórico com a totalidade...pretende-se recuar para a "frequentaçäo" da fragmentaçäo e a expressäo desviante dos sentidos. Uma presença do acontecimento e da sua emergência traz à tona uma verdade inesperada, a que pöe em confronto a enfermagem e o seu doente; afinal,abre-se sua escuta à inventividade - descolando-se o discurso condicionado - ou se refugia, limitando-se no saber e no poder da assistência? E afinal, o que procura o sujeito - além de sua ordem habitual - na reinvocaçäo do tempo e do espaço, para o doente e para os enfermeiros? Procuremos as respostas, culminando na banalidade dos dizeres...
Subject(s)
Ethics, Nursing , Nurse-Patient Relations , Interprofessional Relations , Physician-Patient RelationsABSTRACT
O presente artigo pretende ensaiar relaçöes entre a justiça, a educaçäo e o cuidado enquanto prática profissional de enfermagem. Trazendo à tona implicaçöes que o ato de avaliar e discernir revelam nas açöes de saúde, o artigo pontua as possíveis dificuldades no ensino em saúde. Considerar o ensino da justiça enquanto produçäo humana e perguntar-se a respeito do homem desejante nesse processo, nos aponta para a reformulaçäo do modelo assistencial sanitário na atualidade. Nesse sentido urge referir o ato de educar à possibilidade de näo atencipar-se ao "querer saber" do aluno, mas considerar essa nuance enquanto matiz fundamental para o colorido do aprendizado. Paralelamente, conquistar nas açöes de saúde o "querer cuidar-se" e "querer curar-se" do paciente significaria possibilitar a produçäo de uma relçäo profissional/usuário despreendida de referenciais de dependência e automatizaçäo.
Subject(s)
Humans , Criminal Law , Education, Nursing , Social Justice , EthicsABSTRACT
Examina a literatura crítica recolhida dentre as publicaçöes do VI Congresso Mundial de Medicina Social, que, se de um lado, ela se faz sinônima da saúde coletiva e da economia política da saúde, de outro lado, ela deixa ver a nítida divergência de perspectivas e estratégias, conquanto se trate do que convenciona chamar o projeto terapêutico-estrutural ou o projeto estratégico-justicialista