ABSTRACT
OBJETIVO: Verificar junto a médicos que atuam em Pediatria, no extremo sul da Bahia, as condutas e encaminhamentos no que diz respeito aos hábitos orais deletérios. MÉTODOS: Estudo transversal com casuística composta por 30 médicos que trabalham na área de Pediatria, nas cidades do extremo sul da Bahia. Os participantes foram convidados a responder um questionário contendo nove perguntas sobre os hábitos orais deletérios. Os dados foram analisados, empregando-se o teste exato de Fisher com nível de significância de 5 por cento. RESULTADOS: Observou-se que 60,0 por cento da amostra pesquisada, encaminha os pacientes para fonoaudiólogos nos casos de retirada de hábitos. Sobre com que freqüência necessita realizar esse encaminhamento, a resposta algumas vezes foi indicada por 73,3 por cento dos médicos, sendo que os pacientes buscam o tratamento indicado em 60 por cento dos casos. A grande maioria dos pesquisados (90 por cento) não indica o uso da chupeta e 43,3 por cento aguardam dos 13 aos 24 meses para orientar uma criança sobre a retirada da sucção digital. Dentre os pesquisados, 90,0 por cento observam alterações em conseqüência de hábitos, sendo que 93,3 por cento orientam os familiares sobre o aspecto. Por fim, 90,0 por cento já encaminharam paciente para Fonoaudiologia, entretanto, apenas 46,7 por cento para retirada dos hábitos. O fato dos pacientes procurarem o tratamento indicado apresentou associação com a indicação ser realizada para um fonoaudiólogo (p=0,024). Entretanto, não foi verificada associação entre indicação para fonoaudiólogos e encaminhamento ao serviço de Fonoaudiologia (p=0, 054) e encaminhamento para a retirada especificamente (p=0, 072). CONCLUSÃO: A amostra investigada atua apenas parcialmente associada à Fonoaudiologia.
PURPOSE: To verify with pediatricians working in the South of Bahia the attitudes and referrals related to deleterious oral habits. METHODS: A transversal study with 30 doctors who work in the area of Pediatrics in the cities of the southern part of Bahia. The participants were invited to answer a questionnaire with nine questions about deleterious oral habits. The data was analyzed using the accurate test of Fisher at significance level of 5 percent. RESULTS: It was observed that 60.0 percent of the sample refers its patients to a Speech-Language Pathologist in cases of habit removal. On the question about the frequency of the referrals, the answer sometimes was indicated by 73.3 percent of the doctors, and in 60.0 percent of these cases the patients actually looked for the indicated treatment. The great majority of the participants (90.0 percent) do not indicate the use of pacifier and 43.3 percent wait from 13 to 24 months to advice a child on the removal of the finger sucking. Amongst the ones interviewed, 90.0 percent observed alterations as a consequence of habits, considering that 93.3 percent advice the family on this regard. Finally, 90.0 percent had already referred a patient for the Speech-Language Pathologist, however, only 46.7 percent for the removal of the habits. The fact that led patients to look for treatment was associated to the fact that a speech-language pathologist indicated the treatment (p=0.024), however, it was not verified an association between a Speech-Language Pathologist indication and the referral to Speech-language services (p=0.054) and the advice for the removal specifically (p=0.072). CONCLUSION: The investigated sample only acts partially associated to the Speech-Language Pathology.