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Type of study
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1.
Rio de Janeiro; s.n; 2012. xv,83 p. ilus, tab, mapas.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: lil-691489

ABSTRACT

A malária é uma das principais doenças parasitárias do mundo, acometendo importante contingente de pessoas, sendo o P. falciparum a espécie com maior morbimortalidade e notória capacidade de apresentar quimiorresistência. Considerando que a quimiorresistência se caracteriza como um possível obstáculo à eficiência do tratamento intermitente preventivo (TIP) com sulfadoxina/pirimetanina (SP) em mulheres grávidas, e que em Angola essa intervenção é aplicada desde 2006, se faz necessário o conhecimento da sensibilidade do P. falciparum à combinação SP. Esse conhecimento irá auxiliar na avaliação da eficiência do TIP sobre a morbimortalidade da malária em grávidas, assim como na pertinência de introdução do TIP em crianças menores de 5 anos. Como a análise da quimiorresistência in vivo e in vitro não é tão evidente em áreas endêmicas, faz-se plausível a utilização de ferramentas de biologia molecular para a caracterização gênica da quimiorresistência de isolados de P. falciparum. Nesse contexto, das 110 amostras de sangue coletadas de pacientes com malária em Lubango, Angola, e submetidas a PCR para o gene pfdhfr, 107 (97(por cento)) foram amplificadas. Dentre os 49 isolados que foram sequenciadas com sucesso observou-se o seguinte: 48(por cento) deles com haplótipos duplo mutantes ACNRNVI nos códons 59 e 108; 29(por cento) com dupla mutação nos códons 51 e 108 apresentando o haplótipo ACICNVI; 17(por cento) triplo mutantes nos códons 51, 59 e 108 com haplótipos ACIRNVI; 2(por cento) triplo mutantes nos códons 50, 51, 108 e 59, 108, 164 com haplótiplos ARICNVI e ACNRNVL; 2(por cento) com uma única mutação no códon 108, com o haplótipo ACNCNVI e; uma amostra selvagem ACNCSVI (2(por cento)). A mutação 108N (mudança de serina para asparagina – S108N) do gene pfdhfr, descrita como a mutação precursora para o surgimento de todas as linhagens resistentes foi a mais prevalente (98(por cento)) seguida das mutações 59R (65(por cento)) e 51I (47(por cento)), enquanto que a mutação no códon 164L, considerada rara no continente africano, embora frequente no Sudoeste da Ásia e na América do Sul, foi identificada em uma amostra (2(por cento)). Em relação ao gene pfdhps, das 75 amostras amplificadas na PCR, 25 tiveram todas as SNPs sequenciadas e observou-se uma total prevalência da mutação no códon 437G, com exceção de 1 amostra (4(por cento)) que apresentou haplótipo selvagem SAKAA. Dessas 24 amostras mutantes, 21 tinham uma única mutação (single mutante) apresentando o haplótipo SGKAA, 2 amostras apresentaram duplo mutantes nos códons 437 e 540 originando o haplótipo SGEAA e 1 amostra também duplo mutante nos códons 436 e 437, com haplótipo AGKAA. Os haplótipos mais prevalentes nesse estudo foram ACNRNV (48(por cento)), ACICNVI (29(por cento)) e ACIRNVI (17(por cento)) para o gene pfdhfr (códons 51, 59 e 108), e SGKAA (88(por cento)), SGEAA (8(por cento)), AGKAA (4,5(por cento)) para o gene pfdhps (códons 436, 437 e 540). Em função do expressivo percentual de populações de P. falciparum circulando em Lubango com um perfil de resistência associado a pirimetamina assim como uma tendência de tolerância a sulfadoxina, concluimos que o TIP poderá não ser eficiente em áreas endêmicas angolanas.


Subject(s)
Angola , Malaria , Plasmodium falciparum , Sulfadoxine
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