ABSTRACT
O autor pretende demonstrar que relaçäo analítica e relaçäo transferencial näo säo idênticas, mas complementares e simultâneas em todo processo analítico. Utilizando conceitos teóricos da Psicologia do Ego, principalmente a obra de Anna Freud, Hartmann e seguidores, tenta demonstrar a existência de uma relaçäo real entre analista e paciente, paralela à transferência. Tais noçöes teóricas säo apresentadas como complementares e näo substitutivas ao referencial Kleiniano, numa tentativa de integraçäo entre ambas correntes. Dentro desta relaçäo real destaca a importância do Ego Observador do paciente como fator fundamental do progesso na análise e a importância do reconhecimento, por parte do analista, desta instância psíquica com a qual o paciente se tornará, progressivamente, capaz de independência. Ressalta, ainda, a atitude do analista, algumas vezes prejudicada pelo seu próprio narcisismo, em reconhecer a autonomia do paciente e suas capacidades de se tornar independente