ABSTRACT
Investigar conhecimentos, atitudes e práticas de profissionais da Atenção Primária à Saúde no atendimento à mulher em situação de violência sexual. Estudo transversal, com 359 profissionais da Atenção Primária à Saúde. Os dados foram analisados mediante estatísticas descritivas e teste razão de risco (p ≤ 0,05). Dos 71,8% apresentaram conhecimentos, atitudes (72,7%) e práticas preventivas (92,2%), avaliativas (85,5%), de acompanhamento (72,1%) e assistenciais (46,8%) inadequadas. Profissionais com conhecimentos inadequados tiveram risco aumentado para atitudes, práticas assistenciais e de acompanhamento inadequadas. Entre profissionais com práticas preventivas, assistenciais e de acompanhamento inadequadas, foi percebido risco maior para atitudes inadequadas. A maioria declarou não ter atendido casos de violência sexual. Evidenciaram-se fragilidades relacionadas ao atendimento da mulher em situação de violência sexual, indicando a necessidade de apropriada capacitação profissional, com ênfase na superação da invisibilidade do problema.
To investigate knowledge, attitudes, and practices of Primary Health Care professionals in the care of women in situations of sexual violence. Cross-sectional study, with 359 Primary Health Care professionals. Data were analyzed using descriptive statistics and risk ratio test (p≤0.05). 71.8% had knowledge, attitudes (72.7%) and preventive practices (92.2%), evaluative (85.5%), monitoring (72.1%) and assistance (46.8%) inappropriate. Professionals with inadequate knowledge were at increased risk for inappropriate attitudes, care practices and monitoring. Among professionals with inadequate preventive, care and monitoring practices, a higher risk for inappropriate attitudes was perceived. Most declared that they had not dealt with cases of sexual violence. Weaknesses were evidenced with regard to the care of women in situations of sexual violence, indicating the need for appropriate professional training, with an emphasis on overcoming the invisibility of the problem.