Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 1 de 1
Filter
Add filters








Year range
1.
Cad. Ibero-Am. Direito Sanit. (Online) ; 10(2): 31-51, abr.-jun.2021.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1253851

ABSTRACT

Neste artigo, analisamos o impacto das epidemias em duas cidades portuguesas ­ a capital, Lisboa, e a cidade do Porto, nodo de uma rede comercial intensa, de meados do século XIX até ao final da primeira década do século XX. Sendo ambas cidades portuárias de um país europeu, periférico, mas com um vasto império colonial, a prevenção e a aplicação de medidas de combate às epidemias, foram, e continuam a ser, fundamentais na gestão, muitas vezes precária, das crises sanitárias. Não temos dúvidas que as reflexões que estes dois casos de estudo nos proporcionam podem ser facilmente recuperadas e readaptadas para a análise da pandemia global daCOVID-19. Podemos usar a investigação histórica sobre a forma como temos lidado, enquanto sociedade, com as epidemias e pandemias para melhor atravessarmos os actuais momentos de incerteza e de espanto e definirmos acções futuras que sejam eficazes na alteração das condições que levaram a, em pleno século XXI, parar o mundo. Se é, naturalmente, impossível prever datas e contornos exactos da ocorrência das próximas epidemias, é possível criar as condições locais, nacionais e globais, tanto ao nível ambiental e social, como institucional e político para que lhes possamos responder com muito maior eficácia. Mais que reagir, teremos que ser capazes de antecipar.


In this article we analyze the impact of epidemics in two Portuguese cities ­ Lisbon, the capital city, and the city of Porto, the hub of an intense commercial network ­ from mid-19th century to the end of the first decade of the 20th century. As port cities of a peripheral European country with a vast colonial empire, the prevention and application of measures to combat epidemics were fundamental in the, often precarious, management of health crises. They still are. We argue that the reflections provided by these two case studies can be easily recovered as guides in the analysis of the present global COVID-19 pandemic. Historical research on how societies have dealt with epidemics and pandemics in the past help to understand current moments of uncertainty and astonishment, and to outline effective future actions to avoid the adverse conditions that put the whole world to a halt, in 2020. Of course, it is impossible to predict the exact dates and contours of the occurrence of the next epidemics, but it is necessary to create the local, national and global conditions, both at the environmental and social, as well as institutional and political levels, which will enable us to respond to them effectively. More than react, we need to anticipate.


En este artículo analizamos el impacto de las epidemias en dos ciudades portuguesas ­ Lisboa y Oporto, nodos de una red comercial intensa ­ desde mediados de siglo XIX hasta finales de la primera década de siglo XX. Siendo ambas ciudades portuarias y de un país europeo periférico,pero con un vasto imperio colonial, la prevención y aplicación de medidas para combatir las epidemias fueron (y continúan siendo) fundamentales en la gestión (muchas veces precaria) de las crisis sanitarias. No tenemos duda que las reflexiones que estos dos casos nos proporcionan pueden ser fácilmente recuperadas y adaptadas para el análisis de la pandemia de COVID-19. Podemos usar la investigación histórica sobre la forma como hemos lidiado, en cuanto sociedad, con las epidemias y pandemias para atravesar, de la mejor manera posible, los momentos actuales de incertidumbre y de desconcierto, y poder definir efectivas acciones futuras que puedan alterar las condiciones que llevaron a parar el mundo en pleno siglo XXI. Si bien es naturalmente imposible prever las fechas y devenires exactos de los acontecimientos de las próximas epidemias, es posible crear las condiciones locales, nacionales y globales, tanto a nivel ambiental y social, como institucional y político, para que podamos responder con mucha más eficacia. Más que actuar, tenemos que ser capaces de anticipar.

SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL