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1.
Rio de Janeiro; s.n; 2013. xvi,170 p. ilus, tab, graf.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: lil-695551

ABSTRACT

A doença de Chagas é um problema de saúde pública mundial e acomete cerca de 10 milhões de pessoas. As formas de transmissão desta doença são variadas e embora a transmissão vetorial tenha sido controlada no Brasil, outras formas de transmissão asseguram a manutenção desta zoonose, como a contaminação pela ingestão de alimentos contaminados com T. cruzi. Os recentes surtos orais da doença tem enfatizado a importância dessa via de transmissão nas infecções humanas. Evidenciando a necessidade de obtenção de dados que pudessem esclarecer os mecanismos envolvidos nesta forma de infecção pelo T. cruzi, o objetivo deste trabalho foi estudar o comportamento da cepa SC2005, isolada de um surto de transmissão oral, no modelo murino. Deste modo, camundongos suíços foram infectados por via intragástrica (IG) ou por via intraperitoneal (IP) com formas tripomastigostas de T. cruzi derivadas de cultura. Para avaliação da infecção analisou-se a parasitemia, contagem de leucócitos totais e específicos, índice tímico e esplênico, dosagem de anticorpos (IgG e IgM), análise histopatológica, PCR, citometria de fluxo e mortalidade. A parasitemia mostrou-se diferente nos dois grupos, com picos parasitêmicos mais tardios e menos intensos nos camundongos infectados via IG. A mortalidade dos animais infectados por via IP foi mais acentuada e mais precoce quando comparada com a via IG. Nos camundongos infectados por via IP ocorreu no inicio da infecção leucopenia seguida de leucocitose, correlacionada positivamente ao aumento de parasitos. Entretanto, na infecção por via IG foi observado somente aumento dos monócitos correlacionado positivamente ao aumento de parasitos. A análise histopatológica mostrou um padrão miotrópico desta cepa, com a presença de infiltrados inflamatórios e parasitos em diferentes órgãos independente da via de infecção, além de focos de fibrose e redistribuição do colágeno. Hematopoiese extramedular foi vista no fígado e no linfonodo dos camundongos infectados. Os órgãos linfoides mostraram-se bastante ativados, exceto o timo, que não apresentou alteração. Estes dados confirmam os resultados observados com o índice esplênico, que estava elevado nos camundongos infectados por ambas as vias, enquanto o índice tímico estava próximo ao normal. A análise da citometria de fluxo demonstrou uma flutuação da população de linfócitos T no sangue, linfonodo mesentérico e baço nos animais infectados. Um aumento na proporção da população de células TCD8+ foi observado no sangue e baço, enquanto uma diminuição na proporção de células TCD4+ foi observada no linfonodo mesentérico. Esta variação demonstrou uma resposta específica e coordenada de diferentes regiões contra o parasito. A produção de anticorpos IgM e IgG foi baixa no momento inicial da infecção por via IP e elevada no transcorrer da infecção independente da via de infecção. DNA de T. cruzi associados à presença de infiltrados inflamatórios foram evidenciados pela PCR no esôfago, estômago e intestino de todos os camundongos infectados. Os resultados obtidos no presente estudo demonstraram a influência da via de inoculação no estabelecimento e desenvolvimento da infecção pela cepa SC2005.


Subject(s)
Mice , Chagas Disease , Polymerase Chain Reaction , Protozoan Infections , Public Health , Trypanosoma cruzi
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