ABSTRACT
Foi realizado um inquérito em amostra representativa de estudantes universitários da UFPE, com o objetivo de avaliar seus conhecimentos sobre os modos de transmissão e prevenção da AIDS, frequência de comportamento de risco e percepção do risco de contrair infecção pelo HIV. Pesquisa qualitativa, utilizando técnica de grupo focal, buscou aprofundar questões sobre o início da vida sexual, número de parceiros e percepção de risco. A maioria sabe que o HIV é transmitido por sangue, droga injetável, sexo anal, sexo oral, secreção vaginal. Entre os homens, 26,9por cento e 2,2por cento das mulheres iniciaram vida sexual até 14 anos; 58,4por cento dos homens e 29,4 por cento entre 15 e 19;3,8por cento dos homens e 29,7por cento das mulheres não a iniciaram. Do total 15,8por cento tiveram um parceiro e 45,8por cento tiveram 2 ou mais. Apenas 13por cento usaram preservativos em todas as relações. 42,1 por cento consideram-se em risco de ter contraído a infecção. Observaram-se duas tendências de percepções em relação ao início de vida sexual: o sexo ligado à afetividade e companheirismo e o sexo por puro prazer. Alguns consideram parceiros qundo relacionados aos sentimentos e à durabilidade da relação, enquanto, para outros, estava diretamente relacionados à prática sexual. O uso de preservativo foi criticado como "incômodo", de "difícil acesso", porém essencial na prevenção da AIDS. A multiplicidade de parceiros foi considerada fator de exposição ao risco, e a mídia como influenciador no comportamento sexual dos indivíduos, através do atual processo de erotização, posto pelo apelo sexual pelos meios de comunicação. Metade dos participantes revelou-se temerosa quanto ao risco de ter contraído o vírus. pode-se concluir que o percentual de estudantes com vida sexual ativa e que mamtém comportamentos de risco é significativamente elevado