Emergências cirúrgicas não obstétricas na gravidez / Non-obstetric surgical emergencies in pregnancy

A gravidez é responsável por uma série de modificações fisiológicas no organismo materno e por algumas alterações patológicas próprias desse período. No entanto, a gestante está sujeita às mesmas afecções agudas da mulher não grávida, tornando essencial o conhecimento das alterações anatômicas e fisiológicas presentes nesse período. Aproximadamente uma a cada 500 gestações apresenta uma condição cirúrgica não obstétrica. Apendicite, colecistite, pancreatite e obstrução intestinal são as maiores queixas abdominais não obstétricas que requerem alguma forma de cirurgia durante a gestação. Os autores abordam as peculiaridades na apresentação clínica, diagnóstico e terapêutica destas afecções. As limitações para um diagnóstico correto e o fato de haver duas vidas envolvidas dificultam a indicação de uma intervenção cirúrgica durante a gravidez. A incidência de laparotomia durante a gestação é inferior a 0,5 porcento, demonstrando a pequena experiência do obstetra e do cirurgião frente a uma grávida com abdome agudo e contribuindo para uma taxa de até 35 porcento de laparotomias brancas nessa situação. A laparoscopia tem se mostrado segura, sendo o segundo trimestre de gestação a época mais adequada para sua realização

Utilização de plantas em feridas por pacientes do Hospital Público Regional de Betim (MG) / Plants used to treat wounds by patients of the Public Hospital of Betim (MG)

Foi realizada pesquisa junto aos pacientes da clínica de cirurgia plástica do Hospital Público Regional de Betim (HPRB), visando conhecer a amplitude da utilização de plantas medicinais no tratamento das feridas. Dados pessoais dos pacientes e informações sobre o uso de plantas foram obtidos por meio da aplicação de questionários. Os resultados demonstraram que metade dos pacientes entrevistados são usuários de plantas e essa prática não se encontra restrita a pessoas de faixa etária mais alta ou baixa escolaridade. Foram citadas 383 fórmulas para tratar feridas, preparadas com 113 plantas diferentes. Sete espécies vegetais são mais utilizadas e algumas contam coro resultados de pesquisas farmacológicas, que evidenciaram eficácia no tratamento de feridas. O estudo confirma a suposição de que boa parte da população, mesmo que atendida adequadamente na atenção primária à saúde, utiliza plantas medicinais.

We have performed a survey with patients from the plastic surgery unit of the Betim Regional Hospital in order to determine the use of medicinal plants to treat wounds. The results showed that 50% of the interviewed patients use medicinal plants. Several plants were indicated and seven species were the most used. The study confirmis that the use of plants is widespread and physicians should be aware of this fact.