ABSTRACT
Objective: This study aimed to analyze the prevalence of perceived food insecurity in households of employees of Popular Restaurants, as well as associate this perception with socioeconomic, labor and health variables. Methods: This is a cross-sectional study of 273 workers from seven restaurants located in the city of Rio de Janeiro, Brazil. We applied a questionnaire with different scales and anthropometric measurements were taken. Assessment of food insecurity was performed using the Brazilian Food Insecurity Scale, classifying individuals in food security and food insecurity. The analyses were performed by calculating the gross and adjusted odds ratio. The logistic regression was performed considering three groups of variables: socio-economic, employment and health. Results: The estimated prevalence of food insecurity was 53.7%. The variables: education (OR=2.39; 95%CI=1.38-4.16), time working in kitchens <29 months (OR=2.72; 95%CI=1.44-5.16) and opinion on the satisfaction with food composition and regularity (OR=2.01; 95%CI=1.12-3.57) were significantly associated with food insecurity. Conclusion: Although the study population find themselves inserted into a social facility to promote food security, food insecurity results are worrying. Additionally, factors like lower education and less time working in restaurants increased the chance to realize their households in food insecurity. .
Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar a prevalência da percepção da insegurança alimentar nos domicílios dos trabalhadores dos restaurantes populares, bem como associar essa percepção às variáveis socioeconômicas, laborais e de saúde. Métodos: Trata-se de um estudo seccional, com 273 trabalhadores de sete restaurantes localizados no município do Rio de Janeiro. Aplicou-se um questionário com diversas escalas e foram aferidas medidas antropométricas. A avaliação da insegurança alimentar foi realizada por meio da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, que classificou os indivíduos em segurança alimentar e insegurança alimentar. As análises calcularam as odds ratio brutas e as ajustadas. A regressão logística foi efetuada considerando três blocos de variáveis: socioeconômicas, laborais e de saúde. Resultados: A prevalência de insegurança alimentar estimada foi de 53,7%. As variáveis: escolaridade (OR=2,39; IC95%=1,38-4,16), tempo de trabalho em cozinhas <29 meses (OR=2,72; IC95%=1,44-5,16) e opinião sobre a satisfação na composição e regularidade da alimentação (OR=2,01; IC95%=1,12-3,57) associaram-se significativamente com a insegurança alimentar. Conclusão: Apesar de a população estudada encontrar-se inserida em um equipamento social destinado a promover a segurança alimentar, os resultados de insegurança alimentar são preocupantes. Além disso, fatores como ter escolaridade mais baixa e menos tempo de trabalho em restaurantes aumentaram a chance de perceber seu domicílio em insegurança alimentar. .