ABSTRACT
Foi feito estudo comparativo entre o meio de Wilson e Blair e as modificações de Loureiro e de Tabet, com os meios de eosina-azul de metileno de Holt, Harris- Teague e ágar-lactose-ácido rosôlico de Calazans-Rangel Pestana para o isolamento de E. typhosa das fezes de convalescentes de febre tifoide. É necessário, além das colônias típicas descritas pelo autor, isolar também colônias não típicas facilmente reconhecíveis. A modificação proposta por Tabet foi a que deu melhores resultados - 87,5% dos casos positivos contra 59,5% nos meios de ágar-lactose-ácido rosólico e eosina-azul de metileno (AU)
Subject(s)
Typhoid Fever , Acids , Agar , LactoseABSTRACT
Os autores, fazendo uma verificação em 14 amostras rotuladas como Sh. dispar, não encontraram nenhuma prova bioquímica capaz de separa-las em grupos. Por provas de aglutinação, entretanto, foi possível dividi-las em dois grupos sorológicos distintos, sendo cada um desses grupos, homogêneos. Estudando as relações antigênicas com outros germes do gênero Shigella, notaram uma grande semelhança com a espécie Sh. alcalescens, sendo mesmo, um dos grupos, sorológicamente idêntico a algumas espécies de Sh. alcalescens (AU).
Subject(s)
ShigellaABSTRACT
Fazendo diferentes modalidades de reações de aglutinação com germes do grupo Shigella alcalescens, verificaram os autores, resultados mais uniformes quando estes são autoclavados uma hora a vapor corrente ou tratados pelo álcool. A especificidade das reações não fica em nada alterada, como pensam terem demonstrado em algumas provas feitas (AU).
Subject(s)
Serology , ShigellaABSTRACT
Das experiências feitas comparativamente com os meios de enriquecimento, caldo de hipossulfitos, segundo modificações de Shäffer e Kauffmann e a solução de glicerina, verificaram os autores que o melhor método de preservação e enriquecimento é o da glicerina, pois com este obtiveram 42,1% de resultados positivos, enquanto que com o meio de Shäffer, 31,1%. A glicerina comparada com o meio de Kauffmann deu 31,4% de resultados positivos para a glicerina e 14,5% para o meio de Kauffmann. A glicerina experimentada comparativamente com o meio de selênio F. de Leifson, revelou-se melhor para o isolamento da Eberthella typhosa, pois obtiveram com a glicerina 12,2% de resultados positivos, enquanto que com o meio F. somente 10,3% de resultados positivos. Foi verificado o efeito da temperatura nos métodos de glicerina, tendo sido observado que a temperatura de 20° é melhor que a de 37°. Uma segunda semeadura após 24 horas é de grande vantagem, pois verificaram um aumento de 12,2% nos resultados obtidos. Como meio de isolamento foi usado Drigalsky, Endo, o meio de bismuto de Wilson e Blair, ágar desoxicolato de sódio-citrato (Leifson), ágar e eosina e azul de metileno de Teague e Churman e o meio de ágar ácido rosólico, aconselhado por Rangel Pestana e Calazanas. O meio de ágar-desoxicolato-citrato é estudado comparativamente com os meios de ágar-ácido rosólico (Calazanas e Pestana) e ágar-eosina-azul de metileno (Holt, Harris e Teague). Conclui-se ser o meio de ágar-desoxicolato-citrato um bom meio para o isolamento dos tipos de Shigella para-dysenteriae Hiss Roussell e Flexner, sendo, entretanto necessário o emprego de outros meios diferenciais para- que não sejam falhos os resultados do diagnóstico bacteriológico das disenterias. Como meio de identificação usaram o tríplice açúcar de Krumwiede, e a modificação aconselhada por Klinger. Recomendam o meio semissólido de Hiss, cuja fórmula modificada é usada no Instituto Bacteriológico de São Paulo, adicionado de carboidratos para a identificação dos germes isolados, preferido como indicador o ácido rosólico. A identificação adotada foi a classificação do Bergey's Manual of Determinative Bacteriology, quarta edição, 1934. Das 9.810 fezes examinadas, 6.719 eram de pessoas com perturbações intestinais e 3.091 provenientes de fezes enviadas para pesquisa de portadores. Os quadrados no 1 e 2 demonstram os resultados obtidos pelos autores em 9 anos de trabalho (1932 a 1940). No gênero Shigella, a Shigella dysenteriae (Shiga) foi encontrada 112 vezes e a Shigella ambígua, 53. No grupo das Shigellas para-dysenteriae, das três variedades admitidas por Bergey, foram encontradas as seguintes: Hiss Roussell (764 cepas) e Flexner (256 cepas). A variedade Strong não foi encontrada pelos autores, durante o tempo em que foram feitas as pesquisas. A espécie mais encontrada foi a Shigella para-dysenteriae variedade Hiss-Roussell, 11,3% e depois a Flexner, com 3,8% calculadas para o total de fezes examinadas (6.719). No grupo Shigella alkalescens dispar foram incluídas todas as espécies que não fermentaram a lactose e que funcionaram na série de Hiss do mesmo modo, só se diferenciando pelo leite tornesolado. No grupo Shiqella sonne, estão reunidos todos os fermentadores da lactose, segundo a classificação de Bergey e aguardam uma Identificação mais demorada e um estudo a respeito das espécies aí agrupadas. No gênero Salmonella, estão incluídos os bacilos gram-negativos, móveis, classificados segundo Bergey (1934), porém, somente os que não dão indol, não liquefazem a gelatina e não fermentam a lactose, sacarose e salicina. Nesse grupo estão incluídas principalmente a Salmonella paratiphi, Salmonella schottmülleri, Salmonella typhimurium, Salmonella enteritidis e Salmonella aertricke e outras espécies, as quais serão estudadas mais tarde, segundo o esquema de Kauffmann. Não estão inclui dos nesse grupo por darem indol, a Salmonella morgonii, a qual passou a ser Proteus morgonii na classificação de Bergey, (1940), a Salmonella columbensis (Bacterium columbensis) descrita também com a denominação de Salmonella pauloensis; esses germes muito comuns são frequentemente encontrados em fezes e água. As Salmonellas são muito raras, pois em 9.810 exames de fezes, somente isolaram os autores, 34, sendo que 6 foram em fezes de portadores de germes. Nas fezes de portadores, encontraram os autores, 548 exames positivos para a Eberthella typhosa, seguindo-se a Shigella para-dysenteriae, variedade Hiss-Roussell, com 28 (AU).