ABSTRACT
O crescente uso na suinocultura de agentes antimicrobianos como as slufonamidas (sulfametazina), torna-se objeto de estudos cada vez mais aprofundados, uma vez que a presença destes resíduos, tanto na carne como em seus derivados, quando oriundos de animais tratados inadequadamente, podem dar origem a reações de hipersensibilidade ou resistência em seus consumidores finais. Realizou-se uma pesquisa sobre a ocorrência de resíduos de sulfametazina em fígado e músculo de 60 suínos, sendo 30 de produtores do Estado do Rio de Janeiro e outras 30 de 06 produtores dos Estados do Sul - PR e SC, totalizando 120 amostras. Estas foram colhidas aleatoriamente em matadouros frigoríficos localizados no Estado do Rio de Janeiro, inspecionados pelo Serviço de Inspeção Estadual (SIE Nº428, Nº505 e Nº572). As amostras foram inicialmente submetidas a um processo de extração e, posteriormente, de quantificação analítica através de cromatografia de camda delgada de sílica gel/densitometria. A ocorrência de resíduos de sulfametazina foi determinada definindo-se os limites de seu intervalo de confiança (p<0,05). Das 120 amostras analisadas, apenas 05 fígados (4,16 por cento das amostras e 8,33 por cento dos suínos), apresentaram concentração de sulfametazina acima do limite de detecção (0,02 ppm), não caracterizando assim nenhum caso de violação (>0,10 ppm). As amostras positivas foram originadas de 01 produtor do Estado do Rio de Janeiro (3,33 por cento) e de 02 produtores dos Estados do Sul - PR e SC (13,33 por cento), demonstrando uma diferença significativa (p<005) entre as regiões produtoras, comprovando a utilização desta sulfonamida na suinocultura brasileira. Conclui-se assim que estes 12 produtores vem atendendo ao período de retirada desta droga de acordo com a legislação vigente.