ABSTRACT
This paper promotes a reflection on the relationship between daily practices and consumption. Understanding how conflicts, resistance and consensus are generated from daily consumption practices opens up possibilities for reflecting on the construction of sustainability in the context of diversity, one of the landmarks of the globalized world. Within this socio-cultural context, the central issue is: can consumption generate citizenship practices? The concepts of subject and agent help one think about collective action and subjectivation processes and their interferences on the collective consuming behavior. Based on empirical data from a research carried out in the municipality of Estrela in 2007, in the Taquari Valley - Rio Grande do Sul (Southern Brazil) on local reality consumption practices, it was possible to conclude that various reasoning mechanisms and values underlie the daily consumption practices. Citizenship construction, based on consumption practices, depends on the subject's reflection capacity on his/her daily practices or on what goes through the circulation of environmental information based on sociability spaces.
O artigo reflete sobre as relações entre as práticas cotidianas e o consumo. Compreender como se geram os conflitos, as resistências e os consensos a partir das práticas de consumo no cotidiano abre possibilidades para refletir sobre a construção da sustentabilidade no contexto de diversidade, uma das marcas do mundo globalizado. Neste contexto sociocultural, a questão central que surge é: o consumo pode gerar práticas de cidadania? As noções de sujeito e de agente ajudam a pensar a ação coletiva e os processos de subjetivação e suas interferências no comportamento coletivo de consumir. A partir de dados empíricos da pesquisa realizada em 2007 no município de Estrela, na região do Vale do Taquari - RS (Sul do Brasil), sobre práticas de consumo de uma realidade local, foi possível concluir que diferentes lógicas e valores permeiam as práticas cotidianas de consumo. A construção da cidadania a partir das práticas de consumo depende da reflexividade do sujeito sobre suas práticas cotidianas, o que passa pela circulação de informação ambiental com base nos espaços de sociabilidade.