ABSTRACT
Introdução: Este estudo retrospectivo objetivou avaliar a perda dentária em pacientes portadores de periodontite crônica (Armitagel, 1999), numa clínica particular especializada em Periodontia. Métodos - Foram analisadas as fichas clínicas de 217 pacientes, 90 homens (41,5%) e 127 mulheres (58,5%), os quais, acompanhados por no mínimo 4 anos, retomaram ao consultório pelo menos 2 vezes ao ano. Registrou-se, como média de idade de tais pacientes, 41,9:1: 11,0 anos. Sua distribuição de acordo com o grau de severidade da perda óssea seguiu os critérios estabelecidos por Lindhe 10 (1989). Assim foram 98 pacientes (45,2%) apresentando periodontite branda, 71 (32,7%) grave e 48 (22,1 %) grave e complicada. Todos os pacientes submeteram-se a tratamento ativo e controle e manutenção periódicos, realizados por um período médio de 10,2:1: 4,8 anos. Resultados Computou-se uma média de 0,56 dentes perdidos por paciente durante a fase de tratamento ativo e 0,80 durante a fase de controle e manutenção. Nesta, a média de dentes perdidos foi de 0,078 dentes por paciente/ ano. Com relação ao padrão de perda dentária, dois grupos puderam ser delineados: "well-maintained" (bem mantidos), composto por 204 pacientes (94,0%) que perderam entre O e 3 dentes, e "downhill" (em declínio) composto por 13 pacientes (6,0%) que perderam 4 ou mais dentes. Conclusões Verifica-¬se que, quanto mais severa a perda óssea, maior a perda dentária, sendo esta relação bastante evidente no sexo masculino. Adicionalmente, verifica-se que, quanto mais avançada a idade dos pacientes, maior também a severidade da perda óssea.