ABSTRACT
Tendo como objetivo avaliar, in vitro, uma técnica de formação de um tampão apical com hidróxido de cálcio e a sua eficácia em evitar a extrusão de material obturador, 60 dentes humanos, unirradiculares, foram selecionados e divididos em 4 grupos. Realizado o acesso endodôntico e determinado o comprimento dos dentes, os canais foram sobreinstrumentados 1mm além do forame até as limas K # 25 (Grupos 1 e 3) ou # 35 (Grupos 2 e 4), sob irrigação de hipoclorito de sódio. Os ápices radiculares foram revestidos com cera e as raízes embutidas em gesso pedra. Apos o desgaste de uma das paredes do bloco de gesso e da remoção da cera, os canais dos dentes dos Grupos 1 e 2 foram preenchidos com hidróxido de cálcio e os dos Grupos 3 e 4 permaneceram vazios. Os dentes foram mantidos a 370C e, decorridas 72 horas, limas de calibre 30 ou 40 foram levadas até 1mm aquém do comprimento dos dentes dos Grupos 1 e 2, respectivamente, com a intenção de remover o hidróxido de cálcio e de deixar um remanescente de pasta no milímetro final do canal. Solução de hipoclorito de sódio, depositada na entrada dos canais, auxiliou na remoção da pasta. Feita a secagem dos canais, os dentes foram radiografados para verificar a presença do tampâo. Os canais foram, então, obturados pelo sistema Themafil e os dentes radiografados para verificar a ocorrência de sobreoturação. A análise das radiografias evidenciou que, independentemente do diâmetro da abertura foraminal, a técnica proposta foi efetiva na formação de um tampão e que ele reduziu, significativamente (p<0,05), a ocorrência de sobreoturação