ABSTRACT
Neste estudo foram investigadas as representações sociais dos estudantesuniversitários a respeito das cotas universitárias. A amostra, selecionada por conveniência, contou com 66 estudantes da Universidade Federal da Bahia (UFBA) que responderam umquestionário com duas questões de evocação e duas questões abertas. Os dados das duas primeiras questões foram analisados através do EVOC, buscando identificar, principalmente, ocritério de saliência das evocações; e os das duas últimas por meio do ALCESTE, procurando colher material para análise lexical. Os resultados mostraram que os estudantes apresentam uma tendência a uma representação racializada das cotas, acreditando que estas são reservadas principalmente a estudantes negros. Neste sentido, os estudantes enfatizam a adesão de cotas sociais e não raciais, acreditando ser este o modo mais justo, apesar de na UFBA terem,primeiramente, um caráter socioeconômico. Na defesa de cotas sociais e não raciais, os argumentos dos que são contra ou a favor (tanto raciais quanto sociais) não possuem diferençasfundamentais quando investigado sobre a representação social das cotas universitárias.
This study investigated the social representations of college students about the quotas at the university. The sample selected for convenience, included 66 students from the Federal University of Bahia (FUBa) who answered a questionnaire with two questions of evocation and two open questions. Data from the first two questions were analyzed using theEVOC, seeking to identify, mainly, the criteria of salience of evocations, and the last two by ALCESTE, looking for material for lexical analysis. The results showed that students have a racialized representation of quotas, believing that these ones are reserved primarily to black students. In this sense, students emphasize adopting social and not racial quotas, believing this to be the fairest way, despite the quotas in FUBa have a socioeconomic character, first. In defense of social and not racial quotas, the arguments of those who are against or in favor of quotas (both racial as social) do not have fundamental differences when investigated about the social representation of university quotas.