ABSTRACT
Tal como um navegador, o analista jamais poderá prever como ocorrerá a viagem analítica. É no percorrer que o percurso se revela. É no a contecimento vivencial da cena analítica que se funda o locus capaz de provocar os efeitos da realidade psíquica do paciente. Para ocupar o lugar de analista - lugar do simbólico - o analista deverá ter feito o mesmo percurso de Édipo - de Tebas a Colono. Comparar esse percurso com o processo analítico é dizer que, em presença do analista, o paciente é "provocado" a falar e a se ouvir. Como Édi po, o paciente passa a reconhecer que tanto o sonho so-nhado quanto o sonhar a cordado fazem sua história que, evocando sofrimento, permite-lhe, ao mesmo tempo ressignificá-la
Subject(s)
Humans , Professional-Patient Relations , PsychoanalysisABSTRACT
A partir de conceitos que Freud estabeleceu à leitura do mito de Laio, este artigo tenta demonstrar sucintamente que enquanto o complexo de Edipo tem um papel estruturante, o de Laio é uma falha na simbolizaçao da perda narcísica. Este último poderia ser, em vez de estruturante, um deslizamento em direçao ao gozo total