Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 2 de 2
Filter
Add filters








Year range
1.
Rev. bras. psicanál ; 50(1): 93-113, mar. 2016. ilus
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1251423

ABSTRACT

Trata-se de um trabalho apresentado pelo autor à mesa-redonda sobre o tema no X Congresso Latino-Americano de Psicanálise. A psicanálise, em sua origem, está intimamente relacionada à medicina, a uma visão médica, nem sempre mencionada mas reconhecida nas ideias de doença, patologia, prognóstico, resultados, tratamento, e também está impregnada de ideias de cura, fundamentadas no princípio do prazer e na experiência sensorial. Os analisandos alimentam fantasias onipotentes de livrar-se de sofrimentos psíquicos, anseiam um estado de bem-estar ou idealizam alcançar, através da psicanálise, qualidades que são mais próprias das divindades. Estes desejos podem ser entretidos pelos analisandos e pela parte onipotente não analisada dos analistas; desse modo, a psicanálise corresponderia a um verdadeiro processo de purificação religiosa. Os desejos de cura ou de um ideal moral, assim entretidos, impregnam a prática da psicanálise, a teoria e a teoria da técnica psicanalíticas, estabelecendo comportamentos característicos que podem ser conhecidos quando observamos mais livremente o nosso modo de ser na prática da psicanálise. O autor aborda como essas deformações da técnica e da teoria, segundo sua opinião, podem ser reconhecidas nas diversas etapas da história da psicanálise. Com respeito à transferência, diz o autor: "A concepção de compreender a relação analítica em termos da teoria da transferência, em termos da relação inconsciente com os objetivos primitivos, pode ser substituída pela concepção de tentar conhecer, através da observação psicanalítica, em statu nascendi,a origem, as características de formação da imagem interna, que o analisando vai fazendo do analista durante a experiência analítica pelo operar dos elementos não desenvolvidos de sua personalidade, e também conhecer o seu modo de relacionar-se, de pensar e de aprender desta experiência e deduzir os fatores que estão em jogo neste processo." Após comentários sobre trabalhos de Freud, K. Abraham, M. Klein e J. Riviere a respeito do tema em questão, afirma que o impasse analítico é um conceito inspirado pelos desejos de cura ou de um ideal moral, intimamente relacionados a uma visão médica ou religiosa da psicanálise. É um conceito estabelecido e aceito entre os psicanalistas que têm em comum este vértice. Por fim, refere-se à tentativa que, há algum tempo, vem fazendo de trabalhar com uma disciplina para afastar desejos, memórias e compreensão, e segundo o vértice psicanalítico, objetivando as suas ideias sobre o tema com material clínico.


The author presented this paper to the panel discussion about the same subject at the 10th Latin American Congress of Psychoanalysis. Psychoanalysis, in its origin, is related to medicine - to a medical perspective which, even without always being mentioned, is recognized in the ideas of illness, pathology, prognostic, results, and treatment. That medical perspective is also imbued with ideas of healing (or cure), which are based on both the pleasure principle and the sensory experience. Analysands feed omnipotent fantasies of getting rid of psychic sufferings; they long for a state of wellness or they idealize to achieve qualities - which are more typical of deities - through psychoanalysis. These desires may be entertained by the analysands and by the analysts’ omnipotent part. Therefore, psychoanalysis would correspond to a true process of religious purification. The desires of healing or the desires of a moral ideal - which are entertained in this way - imbue the psychoanalytic practice, the psychoanalytic theory, and the theory of the psychoanalytic technique. These desires determine characteristic behaviors which may be known when we more freely watch our way of being in the psychoanalytic practice. This paper shows the author’s approach about how these distortions in technique and theory may be recognized in several stages of the history of psychoanalysis. Regarding transference, the author writes: "The conception of understanding the psychoanalytic relationship in terms of the theory of transference - or in terms of the unconscious relation to the primitive goals - may be substituted by the conception of attempting to know, through psychoanalytic observation and in statu nascendi, the origin, the characteristics of forming the internal picture of the analyst, which the analysand has built by operating the undeveloped elements of his personality in the course of the psychoanalytic experience, and also by the conception of attempting to know his way of relating or engaging with others, his way of thinking and learning from this experience, and his way of deducing the factors that are at stake in this process." After commenting on Freud’s, K. Abraham’s, M. Klein’s, and J. Riviere’s works about this subject, the author infers that psychoanalytic impasse is a concept which is inspired by desires of healing or moral ideal. These desires are closely related to a medical or religious perspective of psychoanalysis. Psychoanalytic impasse is a concept which has been established and accepted by the psychoanalysts who share this vertex. Finally, the author writes about his still current attempt of working with a specific discipline in order to put away desires, memories, and comprehension, and according to the psychoanalytic vertex. The author illustrates his ideas with clinical vignettes.


Se trata de un trabajo presentado por el autor a la mesa redonda sobre el tema en el X Congreso Latinoamericano de Psicoanálisis. El psicoanálisis, en su origen, está íntimamente relacionado con la medicina, con una visión médica, no siempre mencionada, pero reconocida en las ideas de enfermedad, patología, pronóstico, resultados, tratamiento, y también está impregnada de ideas de cura, que se fundamentan en el principio del placer y en la experiencia sensorial. Los analizados alimentan fantasías omnipotentes de librarse de sufrimientos psíquicos, ansían un estado de bienestar o idealizan alcanzar, a través del psicoanálisis, cualidades que son más propias de las divinidades. Estos deseos pueden ser entrelazados por los analizados y la parte omnipotente no analizada de los analistas; de esta forma, el psicoanálisis corresponde a un verdadero proceso de purificación religiosa. Los deseos de cura o de un ideal moral, de esta forma entrelazados, impregnan la práctica del psicoanálisis, la teoría y la teoría de la técnica psicoanalítica, estableciendo comportamientos característicos que pueden conocerse cuando observamos más libremente nuestro modo de ser en la práctica del psicoanálisis. El autor aborda cómo esas deformaciones de la técnica y de la teoría, de acuerdo con su opinión, pueden ser reconocidas en las diversas etapas de la historia del psicoanálisis. En relación a la transferencia, el autor plantea: "La concepción de comprender la relación analítica en términos de la teoría de la transferencia, en términos de la relación inconsciente con los objetivos primitivos, puede ser sustituida por la concepción de intentar conocer, a través de la observación psicoanalítica, en statu nascendi, el origen, las características de formación de la imagen interna, que el analizado va haciendo del analista durante la experiencia analítica por el operar de los elementos no desarrollados de su personalidad, y también conocer su modo de relacionarse, de pensar y de aprender de esta experiencia y deducir los factores que están en juego en este proceso." Después de comentarios sobre trabajos de Freud, K. Abraham, M. Klein y J. Riviere en relación al tema en cuestión, afirma que el estancamiento analítico es un concepto inspirado por los deseos de cura o de un ideal moral, íntimamente relacionados a una visión médica o religiosa del psicoanálisis. Es un concepto establecido y aceptado entre los psicoanalistas que tienen este vértice en común. Finalmente, se refiere al intento que, hace algún tiempo, se está haciendo de trabajar con una disciplina para apartar deseos, memorias y comprensión, y de acuerdo con el vértice psicoanalítico, objetivando sus ideas sobre el tema con material clínico.

2.
J. psicanal ; 44(81): 39-50, dez. 2011.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-647115

ABSTRACT

Trata-se de uma conferência que o autor pronunciou em inauguração oficial do Núcleo Psicanalítico de Recife. A partir da criação de uma fábula na qual dois meninos observam um pedaço do céu, um deles dizendo que viu um balão no céu, e outro enunciando que não viu o balão no céu e que passam a debater sobre suas observações. Um dos meninos, devido à operatividade de processos mentais inconscientes, está convicto e afirma a superioridade de suas observações sobre o outro. Procura ditatorialmente, através de argumentação errada, impedir e destruir a capacidade de pensar através da observação da experiência do outro menino. Este último luta e consegue não se deixar invadir. Segundo o autor, os meninos cresceram, e um deles poderia vir a ser Bacon e Descartes, o outro Karl Popper. Tece comentários sobre a epistemologia otimista de Bacon e Descartes e a epistemologia de Popper. No final da conferência expõe sua experiência analítica com pacientes que sofrem de transtornos do pensamento. Apresenta a hipótese de que cada uma das situações relatadas poderia ser usada para a compreensão das outras duas. Conclui dizendo que os problemas da experiência psicanalítica com analisandos que apresentam distúrbios de pensamento não podem ser compreendidos sem o entendimento dos problemas do filósofo da ciência, e viceversa; os problemas do filósofo da ciência não podem ser compreendidos sem a ajuda da experiência psicanalítica dos pacientes que sofrem de distúrbios do pensamento.


This text is a conference the author gave at the official inauguration of the Psychoanalytic Study Group of Recife. The author created a tale in which two boys observe the sky, one of them states that he had seen a balloon in the sky, and the other one states that he hadn’t seen it, so they begin to quarrel about their observations. One of the boys, due to operability of his unconscious mental processes, believes and affirms the superiority of his claims over the other. Arrogantly, he tries to prevent and destroy the other’s boy thinking ability by observing and experiencing. The second boy fights back and doesn’t allow himself to be invaded. According to the author, the boys grew up, and one of them could become Bacon or Descartes, the other could become Karl Popper. He comments on Bacon and Descartes optimistic epistemology and Popper’s epistemology. At the end of the conference he exposes his analytic practice with patients suffering from thought disorders. The author concludes that the problems of psychoanalytic experience with patients suffer from thinking disorders, cannot be understood without understanding the problems of the philosopher of science, and vice versa; and the problems of the philosopher of science cannot be understood without recurring to the help of psychoanalytic experience with patients suffer from thinking disorders.


Se trata de una conferencia que el autor ministró en la inauguración oficial del Núcleo Psicoanalítico de Recife. A partir de la creación de una fábula en la cual dos niños observan un pedazo de cielo, uno de ellos diciéndole al otro haber vito un globo en el cielo, y el otro niño anunciándole que no vio tal globo y, de allí en más, debaten sobre lo observado. Uno de los chicos, debido a la operatividad de los procesos mentales inconscientes, está convencido y afirma la superioridad de sus observaciones en relación al otro. Intenta, dictatorialmente, a través de argumentación errónea, impedir y destruir la capacidad de pensar a través de la observación de la experiencia del otro niño. Este último lucha y consigue no se dejar invadir. Según el autor, los chicos crecieron y uno de ellos podría llegar a ser Bacon y Descartes, el otro Karl Popper. Se elaboran comentarios sobre la epistemología optimista de Bacon y Descartes y la epistemología de Popper. Al final de la conferencia el autor expone su experiencia analítica con pacientes que sufren de trastornos de pensamiento. Presenta la hipótesis de que cada una de las situaciones relatadas podría ser usada para la comprensión de las otras dos. Concluye diciendo que los problemas de la experiencia psicoanalítica con pacientes que presentan disturbios de pensamiento no pueden ser comprendidos sin el entendimiento de los problemas del filósofo de ciencia, y viceversa. Los problemas del filósofo de ciencia no pueden ser comprendidos sin la ayuda de la experiencia psicoanalítica de los pacientes que sufren disturbios de pensamiento.


Subject(s)
Knowledge , Psychoanalysis , Thinking
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL