Proptose: um sinal útil para a realizaçäo dos bloqueios retrobulbar e peribulbar / A helpful sign for the performance of retrobulbar or peribulbar blocks

Justificativa e objetivos - dentre as complicaçöes descritas dos bloqueios retrobulbar e peribulbar encontram-se aquelas decorrentes da injeçäo do anestésico local na bainha do nervo óptico, levando à parada respeitarória ou cardiorrespiratória. Assim sendo, a proptose constitui um sinal clínico importante para as técnicas de bloqueio oftálmicos. O objetivo deste estudo foi medir o grau de proptose causada pela injeçäo retrobulbar e peribulbar de anestésico local, com volume fixo, e verificar o grau e o tempo de regressäo. Método - participaram do estudo 40 pacientes, com idade entre 22 e 86 anos, estado físico ASA I e II, programados para facectomia extra-capsular com implante de lente intra-ocular e divididos aleatoriamente em dois grupos de 20: Grupo P (Peribulbar) e Grupo R (Retrobulbar). No Grupo R, foi feito bloqueio retrobulbar e no Grupo P bloqueio peribulbar com dupla punçäo. Em ambos os grupos foi utilizado o volume de 6ml de soluçäo, anestésica constituída de partes iguais de bupivacaína 0,75 por cento e lidocaína 2 por cento com adrenalina 1:200.000 e hialuronidase 30 Ul.ml-1. Após a injeçäo foi feita compressäo externa intermitente do globo ocular. Foram observados os seguintes parâmetros: a) presença de proptose após a injeçäo de 1ml da soluçäo; b) medida do grau de proptose após a injeçäo de volume total; c) regressäo da proptose, medida a cada minuto, por cinco vezes, interrompendo-se a compressäo por 15 minutos. Resultados - observou-se proptose após a injeçäo de 1ml da soluçäo e todos os casos. As medidas da proptose näo diferem entre os dois grupos nos sete momentos estudados. As comparaçöes intra-grupos mostraram variaçöes percentuais e diferenças significativas entre os diversos momentos em ambos os grupos. Conclusöes - a presença de proptose é observada tanto no bloqueio retrobulbar como no bloqueio peribulbar e o grau de instalaçäo, assim como o tempo de regressäo säo semelhantes para os dois tipos de bloqueio

Analgesia pós-operatória em laminectomia lombar: estudo comparativo / Postoperative analgesia in lumbar laminectomy: a comparative study

Justificativa e objetivos: a laminectomia lombar é um procedimento cirúrgico que pode ocasionar dor intensa no pós-operatório. O objetivo deste estudo foi comparar três técnicas pós-operatórias. Assim, foram comparadas entre si: anestesia geral; anestesia geral associada à anestesia peridural com bupivacaína a 0,5 por cento com morfina (2mg) e sem morfina. Método: participaram do estudo sessenta pacientes de ambos os sexos, com idade entre 20 e 69 anos, estado físico ASA I e II, submetidos à laminectomia lombar sob três técnicas anestésicas, para avaliaçäo da dor pós-operatória. Na véspera da operaçäo, os pacientes receberam 10mg de diazepam como medicaçäo pré-anestésica, por via oral, e 5mg de midazolam por via muscular, 60 minutos antes do ato anestésico. A monitorizaçäo constou de cardioscopia, pressäo arterial näo invasiva automática, oximetria de pulso e capnometria. Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente em 3 grupos: grupo I - apenas anestesia geral, o grupo II - a anestesia geral associada à anestesia peridural com 15ml de bupivacaína com adrenalina 1:200.000, em dose única, e o grupo III - que recebeu o mesmo tratamento do grupo II mais 2mg de morfina por via peridural, em dose única. Nos grupos II e III a peridural foi realizada antes da anestesia geral. A anestesia geral foi induzida com fentanil (3,5µg.kg(elevado a menos um)), midazolam (3mg), metoclopramida (10mg), etomidado (0,3mg.kg(elevado a menos um)) e atracúrio (0,5mg.kg(elevado a menos um)), oxigênio e IOT, mantida com ventilaçäo controlada, em sistema circular com absorçäo de CO2, isoflurano e N2O+02 a 50 por cento. O fentanil foi utilizado durante a anestesia quando necessário a cada cinco minutos e registrados no protocolo nos seguintes momentos: M2= antes da induçäo da anestesia geral, M3 = após a IOT, M4=10min após a IOT, M5 =30min após a IOT, M6 =60min após IOT, M7 =no final da cirurgia, M8 = na SRPA. A dor pós-operatória foi avaliada até o terceiro dia através de uma Escala Numérica Compartimental (0a 10). Resultados: até o segundo dia pós-operatório, o grupo em que foi utilizada morfina apresentou menos dor (GIII

Bases farmacológicas das drogas usadas durante cirurgia de catarata / Pharmacological bases of the drugs used in extraction of cataracts

O cirurgiäo oftálmico usa durante a extraçäo de cataratas e de implantes intra-oculares potentes medicamentos que podem auxiliar o procedimento quando bem indicados; da mesma forma, o mau uso de algumas drogas tornará difícil vários tempos do ato cirúrgico. Os autores apresentam um manual farmacológico que poderá ser consultado quando aparecerem dúvidas durante extraçäo de cataratas e implantes intra-oculares

Anestesia e cirurgia da catarata / Anesthesia and cataract surgery

Os autores apresentam sua experiência em anestesia na cirurgia da catarata em 387 pacientes. Fazem uma estatística sobre os métodos anestésicos utilizados, a importância da idade na escolha da técnica anestésica, complicaçöes transoperatórias e seu tratamento

Miastenia gravis: diagnóstico farmacológico pelo teste da neostigmina / Myasthenia gravis: avaliable pharmacological by tests of the neostigmine

Os autores fazem uma revisäo das manifestaçöes clínicas da Miastenia gravis. Discutem os vários testes farmacológicos e concluem que o da neostigmina é o mais prático, por seu amplo e seguro uso em hospitais gerais

Analgesia pós-operatória em oftalmologia: bupivacaína subconjuntival / Analgesia postoperative in ophtalmology: subconjuntival bupivacaine

O alívio da dor pós-operatória é uma exigência cada vez mais frequente. As cirurgias oftálmicas que manipulam os músculos extra-oftálmicos que manipulam os músculos extra-oculares provocam intensa dor. Os resultados da irrigaçäo ou da injeçäo subconjuntival de bupivacaina. 0,75 por cento ao término de cirurgias de descolamento de retina, estrabismos e enucleaçäo de globo permitiram analgesias significativas em 102 pacientes

Intubaçäo noso ou orotraqueal em adenoamigdalectomia: importância da lidocaína por via venosa / Nasal or orotracheal intubation in adenotonsilectomy importance of intravenous lidocaine

Os autores verificaram as vantagens da lidacaina para intubação traqueal de crianças anestesiadas com oxigênio e halotano. Quarenta e nove pacientes entre dois e sete anos foram induzidos sob máscara, em sistema sem absorvedor de CO2 (Mapleson E) com oxigênio e halotano até atingir plano de anestesia, quando foram divididos em dois grupos: grupo H, de 24 crianças, intubadas após ventilação assistida manual, durante dois minutos, com a mesma mistura inalatória. Grupo L, de 25 crianças, em plano cirúrgico de anestesia, nas quais injetou-se lidocaina na dose de 2 mg.kgúû, por via venosa, mantendo-se dois minutos de ventilação assistida manual com a mistura anestésica, seguindo-se a intubação traqueal. Verificou-se a facilidade da laringoscopia e da intubação oral ou nasal, as alterações hemodinâmicas (variações da pressão arterial sistólica e frequeência cardíaca) e as intercorrências. A taquicardia pós-intubação foi mais intensa no grupo que não recebeu lidocaína e sua diferença foi significativa (p < 0,05). Os autores concluem que a intubação oro ou nasotraqueal, sob anestesia geral com oxigênio e halotano, apresenta menor variação na frequência cardíaca quando é precedida pela injeção venosa de 2 mg.kgúû de lidocaina.

Hialuronidase em anestesiologia: atualizaçäo / Hyaluronidase in anesthesiology: atualization

A hialuronidase (HYA) hidrolisa o ácido hialurônico (cimento intercelular), e é empregada em Anestesiologia e em outras condiçöes clínicas como para acelerar a absorçäo de líquidos infiltrados nos tecidos. Os autores descrevem diversos aspectos da farmacodinâmica deste fermento e das atuais aplicaçöes em Anestesiologia

Cirurgia oftálmica e reflexo óculo-cardíaco (ROC) 1988-1989 / Ophthalmic surgery and oculocardiac reflex (ROC) 1988-1989

Mil fichas de anestesia de pacientes submetidos a cirurgias oftálmicas, entre janeiro de 88 e julho de 89 foram retrospectivamente estudadas pelos seguientes parâmetros: indicaçöes de técnica anestésica, estado da pupila, ocorrência do reflexo cardíaco (ROC) (influência da idade dos pacientes, tipos de cirurgia, técnica anestésica, profundidade da anestesia geral, ventilaçäo pulmonar) analgesia pós-operatória e náuseas e vômitos pós-operatórios

Bloqueio anestésico frontolacrimal para cirurgia da pálpebra superior / Frontolacrimal anesthetic block for upper eyelid surgery

A correçäo cirúrgica de defeitos anatômicos e funcionais das pálpebras superiores exige a integral movimentaçäo (contraçäo e relaxamento) dos músculos orbicular e elevador da pálpebra superior. Säo apresentados 29 casos que foram operados com técnica de Hildreth & Silver, na qual os nervos sensitivos frontal e lacrimal säo anestesiados é preservada a movimentaçäo dos músculos elevador da pálpebra superior e o orbicular

Efeito hipotensor ocular do colírio de metampireno / Ocular hipotension effect of the metampireno collyrium

Colírio de metampireno a 25% foi instilado em 50 olhos de 26 pacientes com pressäo intra-ocular (PIO) normal ou elevada. Uma hora depois da instilaçäo a PIO havia baixado 16,28%, duas horas após a instilaçäo baixou 26,9% e três horas depois 27,6%. Doze horas depois, ou mais, da instilaçäo, a PIO ainda mostrou a queda média de 13,34%

Intubaçäo traqueal com lidocaína venosa / Intrabenous lidocaine for tracheal intubation

Ochenta y dos niños de 4 meses a 7 años de edad, sometidos a cirugías electivas, fueron inducidos con halotano máscara conectada a un circuito Mapleson D: 21 de ellos recibieron succinilcolina, IV, y otros 39 recibieron lidocaina, IV, antes de la laringoscopia y entubación traqueal. El grupo restante, de 22 niños, fué entubado bajo anestesia profunda con halotano. Fueron observadas la exposición de las cuerdas vocales, la facilidad de entubación la presencia de "bucking" y ocurrencia de irregularidades cardiovasculares (frecuencia y arritmias). La lidocaina venosa (2 mg.Kg-1) permitió buenas condiciones para laringoscopia y entubación traqueal y proporcionó protección a las esperadas irregularidades cardiovasculares resultantes del estímulo de éstas maniobras. En condiciones especiales, la lidocaina venosa puede ser sustituta de la succinilcolina para entubación traqueal

Intubaçäo traqueal com lidocaína venosa / Tracheal intubation with venous lidocaine

Oitenta e duas crianças de 4 meses a 7 anos de idade foram submetidas a cirurgias eletivas. Foram induzidas com halotano em circuito Mapleson D; 60 delas receberam em veias periféricas succinilcolina (21 pacientes) ou lidocaína (39 crianças), antes da laringoscopia e intubaçäo; outro grupo de 22 crianças foi intubado sob anestesia profunda con halotano. Durante este período os seguintes parâmetros foram observados: exposiçäo das cordas vocais, facilidade de intubaçäo traqueal, presença de "bucking" e ocorrência de irregularidade cardiovascular (freqüência e arritmias cardíacas). A lidocaína venosa (2mg/Kg) permitiu boas condiçöes para laringoscopia e intubaçäo traqueal e conferiu proteçäo as esperadas irregularidades cardiovasculares resultantes do estímulo das manobras. Em condiçöes especiais, a lidocaína venosa pode ser a substituta da succinilcolina para intubaçäo traqueal

Tratamento do olho cego doloroso com bloqueio retrobulbar com clorpromazina / Painful blind eye treated with retrobulbar block of chlorpromazine

Trinta pacientes com olho doloroso foram submetidos ao bloqueio retrobulbar com 10-15 mg de clorpomazina. Nos 7§ e 8§ dias de observaçäo após o bloqueio todos se apresentaram sem dor e com aspecto estético bom