ABSTRACT
O aspartame é um metil-éster, composto de fenilalanina e ácido aspártico e um dos adoçantes artificiais mais utilizados pela população mundial. Apesar da publicação de inúmeros trabalhos envolvendo este produto, constatou-se uma lacuna no que tange à participação renal no metabolismo do mesmo. No entanto, o aspartame é instável em solução, de forma que em experimentos preliminares não foi possível avaliar tal purificação, pois o produto se alterou já nos primeiros minutos. Objetivo : verificar a viabilidade da utilização de vitamina C na redução da instabilidade do aspartame. Metodologia: inicialmente o aspartame foi diluído em solução Krebs Henseleit, na concentração de 0,45mM. A seguir, a solução foi analisada em HPLC, identificando-se os picos referentes ao aspartame e seus subprodutos de degradação. A vitamina C foi testada nas concentrações de 0,025 por cento, 0,125 por cento e 0,25 por cento, adicionada à solução de Krebs Henseleit junto com o aspartame, com análise posterior em HPLC. Após escolha da concentração ideal foram realizados experimentos com e sem a presença de rim isolado de rato. Resultados: confrontando-se os resultados obtidos com a utilização de vitamina C, verificou-se que, sem a presença do órgão, a concentração mensurável do aspartame caiu para 0,137 mM aos 120 minutos de experimento, enquanto na presença do órgão, no mesmo tempo não havia mais aspartame, sendo possível desta forma, analisar a metabolização renal deste produto. Conclusão: os dados obtidos indicam que a vitamina C terá um papel importante nos futuros experimentos de perfusão renal com aspartame, pois a mesma reduz a velocidade de transformação do mesmo em seus subprodutos.