ABSTRACT
A terapia celular carrega a promessa de se tornar a medicina do futuro, recuperando tecidos danificados ou mesmo eliminando a fila de transplantes. As células-tronco constituem um grupo celular que preserva a capacidade de auto-renovação, podendo diferenciar-se em tipos celulares diversos. A utilização de células-tronco de cordão umbilical, apesar de menos polêmica que as embrionárias, revela muitos aspectos de natureza moral e ética que emergem em relação aos bancos de armazenamento de uso autólogo e alogênico. Hoje, o uso da terapia celular ainda é bastante restrito e depende de um amplo desenvolvimento de pesquisas, contudo, uma grande esperança lhe é depositada. A Bioética é uma ferramenta para o delineamento de parâmetros éticos ao desenvolvimento tecno-científico. O presente estudo revelou que os limites e fronteiras de regulação de seu uso não estão claramente delineados e se mantém em constante transformação, percebendo-se uma clara tendência mundial no incentivo ao modelo alôgenico, a exemplo do Brasil e do Brasilcord. Em decorrência disso, o presente trabalho apresenta uma avaliação da utilização de células-tronco de cordão umbilical frente a visão da autonomia, da vulnerabilidade, da justiça, da equidade, da proteção, da precaução, da responsbilidade, da utilidade e da solidariedade.