ABSTRACT
In patients with Chronic Rheumatic Carditis, active carditis is an often underdiagnosed condition. Rheumatic attacks promote the aggravation of existing lesions, leading to a deterioration of the patient's clinical condition. Thus, reducing the morbidity and mortality of the disease depends, in part, on controlling relapses through secondary prophylaxis. Underdiagnosis is due in part to the occurrence of subclinical rheumatic attacks. This study was carried out with data from patients who were diagnosed with Chronic Rheumatic Carditis and who underwent cardiac surgery for valve replacement or repair, without clinical or laboratory evidence of rheumatic outbreak. A fragment of myocardium was sent for histopathological analysis. Data on the frequency of histopathological alterations compatible with a rheumatic outbreak were analyzed. After analysis, 80% of patients showed changes compatible with inflammatory activity. Of these, 87.5% had lymphocytic infiltrate; 25% had Aschoff's nodules. The most frequent histopathological findings of chronic disease were myocardial hypertrophy in 56.7% of patients and fibrosis in 53.3% (AU).
Nos pacientes com Cardite Reumática Crônica, a cardite em atividade é uma condição frequentemente subdiagnos-ticada. Os surtos reumáticos promovem o agravamento das lesões já existentes, levando a uma deterioração da condição clínica do paciente. Dessa forma a redução da morbimortalidade da doença depende, em parte, do contro-le de recidivas a partir da profilaxia secundária. O subdiagnóstico deve-se em parte a ocorrência de surtos reumáti-cos subclínicos. Este estudo foi realizado com dados dos pacientes que tiveram o diagnóstico de Cardite Reumática Crônica e foram submetidos à cirurgia cardíaca para troca ou plastia valvar, sem evidência clínica ou laboratorial de surto reumático. Um fragmento de miocárdio foi enviado para análise histopatológica. Foram analisados os dados de frequência de alterações histopatológicas compatíveis com surto reumático. Após análises, 80% dos pacientes apresentaram alterações compatíveis com atividade inflamatória. Desses, 87,5% apresentavam infiltrado linfocitá-rio; 25% apresentavam nódulos de Aschoff. Os achados histopatológicos de doença crônica mais frequentes foram hipertrofia miocárdica em 56,7% pacientes e fibrose em 53,3% (AU).